Bom editorial do Miguel Pacheco hoje no i. Interessante o páragrafo onde refere uma estratégia possível para estas legislativas: Os valores - mais do que a solução para a crise - serão o grande factor de diferenciação entre Ferreira Leite e Sócrates. Concorda com o casamento de homossexuais? E com a eutanásia? As uniões de facto são tão válidas como um casamento? Aliás: o que é o casamento? Serão estas as perguntas essenciais para a campanha que aí vem. (i)
O Miguel teria toda a razão numa conjuntura dita "normal", sem o espectro da crise económica, financeira e, no caso português, mental (paranóia com gripe, negativismo crónico, pessimismo sanguíneo, etc, etc). Só que é esta a realidade. E é exactamente ela que leva a que todas estas questões passem para segundo plano e os portugueses se voltem para as recorrentes figuras paternalistas, a quem querem entregar as suas vidinhas, porque parece que são eles os detentores da "seriedade" e da "credibilidade", duas palavrinhas tão mágicas, tão mágicas que parecem mesmo ilusionismo. Como tal, só acredita quem quer.