Então não é que o grande impulsionador das directas, Pedro Santana Lopes, parece já não gostar do sistema?
A proposta de Congresso extraordinário seria risível se não servisse para mostrar o grau de desespero e descontrole de quem ainda manda no PSD.
Discutir o país e o partido? Então não nos foi vendido que o Instituto Sá Carneiro tinha feito um levantamento exaustivo dos problemas e que tinha elaborado várias propostas? Servirá este congresso para humilhar a direcção cessante, mostrando que afinal não fizeram rigorosamente nada e deixaram o partido num estado pré-comatoso? O que será que ainda falta discutir sobre o país e o partido?
Tudo isto é demasiado patético para ser levado a sério.
Não seria mais fácil dizer que se quer inventar um congresso para atrasar ainda mais o processo de escolha do novo líder? Que se quer ganhar mais tempo para ver se há um cidadão social-democrata com coragem suficiente para concorrer com o único candidato que já anunciou a sua vontade?