
Closer (1980)
Joy Division
Desde que o Secretário foi para o Real Madrid que tudo é possível. Parece que agora há a hipótese de o Constâncio se transferir para o Banco Central Europeu. Isto só pode ter dedo do Manuel Barbosa.
Hoje na Radar alguém se questionou de forma muito simples: "o que seria de mim sem rock n' roll?". É tão simples que fiquei a pensar nisso o dia todo. Tem o seu quê de patético e de verdadeiro ao mesmo tempo, mas chego à conclusão que se o Josh Homme, o Tony Iommi, o Keith Richards, o Boss, o Strummer, o Morrissey, o Ian Curtis e o McCartney nunca tivessem existido, muita coisa perderia sentido. Obrigado a todos eles e a muitos outros que ficaram de fora da short list, porque simplesmente tenho de ir ali por os Black Mountain a tocar.


Então não é que agora o Vasco Pulido Valente virou socratista? Para o que lhe havia de dar.
Será que ele não percebeu que quem diz que as escutas não devem ser divulgadas e que o PM não tem de falar sobre o assunto é um defensor de José Sócrates?
SIC e TVI abrem os telejornais das 8 com o orçamento rectificativo. A RTP com o apuramento da selecção nacional. Prioridades - o povo precisa de circo quando não tem pão. (PPM)
Escrevi há dois dias atrás no i que Van Rompuy não é mais do que "um nome para o consumo interno - em boa verdade, é esta a utilidade do posto". Para quem defende "aquela Europa a uma só voz" - qualquer coisa entre o irreal e o surreal - o cavalheiro é uma enorme desilusão. Em bom rigor, quem defendeu este argumento leu a correr o tratado e não percebeu ainda o que é a "Europa". Quem se satisfez com o tratado pelo seu realismo, este nome não desilude. Paris, Berlim e Londres continuam os dominadores da política europeia. Mas sempre é melhor ter Londres no centro do que tê-la na periferia.

Se Obama define a relação com a China como a mais importante da actualidade, tal não pareceu motivo suficiente para motivar uma visita exclusiva a Pequim. Afinal ainda há alianças asiáticas a preservar (Japão, Coreia do Sul) e convém não estender o tapete à China precipitadamente: em Washington habita um poderoso Congresso que não simpatiza particularmente com a desvalorização da moeda chinesa nos mercados internacionais. Daqui a um ano, uma fatia destes congressistas vai a votos e o eleitorado olhará mais para a sua conta bancária e menos para a belíssima oratória de Obama.
A visita à China mostrou também a falta de vontade política dos principais decisores numa iniciativa mais arrojada no combate às alterações climáticas, tendo em conta que Estados Unidos e China são responsáveis por 40% da emissão global de gases - ou seja, são parte do problema e da solução ao mesmo tempo. Por um lado, a economia chinesa e, por via disso, a sustentabilidade do regime, depende do crescimento dos últimos anos. Inverter os números seria um passo atrás na afirmação global de Pequim. Por outro lado, semelhante diagnóstico inibe Obama de ir além da cosmética narrativa: é no Senado que reside o poder de ratificação de tratados internacionais, um equilíbrio interno que se tem revelado difícil de conquistar em diversas políticas públicas com origem na Casa Branca. Não vale a pena escondê-lo mais: Obama é mais frágil do que o mundo pensou.
Hoje no i.
Parece que há corruptos em Portugal, em Espanha e até, pasme-se, no Afeganistão. Eles estão por toda a parte e ao que parece não pensam parar por aqui. Será que enquanto houver homens haverá corrupção? Será que enquanto houver homens (e mulheres, que também aqui não discrimino) haverá ganância, patifarias, crimes, falcatruas, exploração e violência? Aquilo a que chamaram humanidade é mesmo assim: uma fonte de badalhoquice. Pode-se melhorar, mas não se pode vencer.
O Bloco de Esquerda quer saber quanto é que o Estado gasta em publicidade na comunicação social.
Ora aqui está uma pergunta interessante.
Vamos imaginar que o Governo responde e o BE, ou outro partido qualquer, chega à conclusão que o investimento estatal ou para-estatal, em publicidade, não seguiu os melhores critérios.
Surge imediatamente outra interessante pergunta: qual deve ser, então, o critério apropriado?
A resposta não é difícil: o superior interesse público.
Eu, por exemplo, acho que o Estado, as empresas públicas, as empresas com capital público e outras que tais deveriam investir sobretudo em órgãos de comunicação que criticam violentamente a governação. Há quem pense que o espaço publicitário deva ser comprado em função das vendas ou audiência. Outros, arranjarão outro critério qualquer.
Não é preciso gastar muito tempo a explicar quem, a cada momento, o define. Também será perda de tempo expor que cada um de nós tem uma diferente visão do que será o interesse público.
A dura realidade é que enquanto o Estado controlar o mercado publicitário – e não só esse – estaremos sempre à mercê de quem estiver circunstancialmente no poder. Não há volta a dar.
O BE quer mais transparência e não quer que sejam critérios políticos - os dos outros, está claro - a definir onde e quando se põe anúncios. Uns perigosos liberais, estes bloquistas.

De todos os efeitos que a história nojenta dos boatos, invenções e politiquice barata mascarada de amor à verdade que as escutas ao Primeiro-Ministro levantaram, há um que não é desprezível: deixou-se de falar da vergonha que é o caso Face Oculta, onde se revela o que de mais sórdido vigora na sociedade portuguesa.
Os que minam a nossa comunidade e que aproveitam o Estado para os seus negócios e compadrios devem estar muito agradecidos aos senhores que ajudam à confusão.

O Prós e Contras estava para o chato até que o Pedro Picoito nos salvou ao perguntar se o Miguel Vale de Almeida pensava casar. Valeu a noite.
Nada como um momento “Revista Maria” para acalmar.
Desde Setembro que colaboro com a TSF. Além de intervenções esporádicas, eu, o Pedro Adão e Silva e o Paulo Tavares, editor de política nacional, temos um programa semanal chamado Bloco Central. É ao meio-dia de domingo e também pode ser escutado no link abaixo.
Tenho dois amigos bósnios. Um é um saudosista do Tito. O outro, sempre que pode anda vestido com a camisola da selecção croata.
Isto é um pouco como aquilo que o Pina dizia aqui há uns meses: cai um avião e um gajo tira logo o brevet pela televisão. Nesta era de processos judiciais a figuras políticas, um gajo forma-se em direito na blogosfera. É todo um mundo por descobrir, de facto.
A SIC-N anunciou na passada semana que o sr. de Villepin (lembra-me sempre a política palaciana do Dartacão) já foi o europeu mais odiado nos EUA. Se não era assim, não andava longe disto. Primeiro que tudo, convém lembrar que provavelmente o ex-Primeiro-ministro francês é capaz de ser conhecido aí por três ou quatro carolas de Washington. Além disso, a SIC-N podia ter alargado o universo de ódios e arriscar um subtítulo mais provocador: Dominique de Villepin já foi o europeu mais odiado em França e um pouco por toda a Europa. Eu sei: podia, mas não era a mesma coisa.
Acabar com o segredo de justiça é passar definitivamente os tribunais para as mesas dos cafés, transformar os jornalistas numa espécie de advogados e acabar com princípios “menores” como a presunção de inocência.
Este PGR ou é um brincalhão ou um inconsciente.
Tiago, prometo responder-te mas neste momento é-me impossível. E não, não é por estar a fazer as malas com medo que alguém ponha o meu nome nos jornais e eu tenha de pedir demissão das empresas com quem colaboro.
Quanto aos referendos deixo-te só esta referência: Califórnia.