Vou estar hoje no Edição Internacional da Renascença a debater com o Francisco Sarsfield Cabral as cimeiras do G8 e do G20. É às 23.30 como de costume.
O site da Gestifute está para o futebol, como o site da Presidência da República está para a política: depois das borradas, nada como uma explicação virtual.
Se o Estado acha que deve mandar nas empresas porque é que não as compra?
No caso da PT era fácil, bastava equiparar a oferta da Telefónica.
Farto-me de rir com quem anda sempre a vociferar contra a promiscuidade nos negócios entre Estado e privados e depois aplaude estas acções do governo.
Eu percebo, no fundo como sabem que enquanto o Estado estiver nas empresas mil Ruis Pedros florirão, preferem que sejam os privados a pagá-los.
Só quem não percebeu o que aconteceu a 14 de Maio de 1994 em Alvalade é que pode ficar supreendido com o que o Queirós fez ontem.
Por que é que a estratégia de contra-insurreição desenhada por Petraeus não está a dar os resultados esperados? Sobretudo porque política e economicamente existe uma falta de acompanhamento às campanhas militares. Vejamos. Para que a estratégia tenha resultados são precisos sobretudo seis grandes condições: um controlo efectivo das fronteiras, um grande número de tropas no terreno, um apoio dos grupos étnicos maioritários, um compromisso duradouro entre o exterior e o estado em construção, um governo local credível e coesão político-militar nos EUA. Já percebemos que poucas ou nenhumas destas condições estão a ser cumpridas. A esmagadora maioria das províncias tem hoje governos-sombra, a autoridade de Karzai para negociar localmente está na rua da amargura, as verbas da NATO e do Congresso são cada vez mais difíceis de obter, compromissos políticos dos governos com tropas no Afeganistão estão reféns da coragem dos seus líderes, a economia do ópio não é combatida regionalmente como deveria e a fragilidade do cabinet war de Obama está em claro défice de confiança depois da entrevista do general McChrystal. David Petraeus conseguiu que a surge no Iraque fosse muito mais um sucesso para a América do que para os iraquianos. Se conseguir fazer o mesmo no Afeganistão já não será pouco.
David Petraeus é um senhor general e um enorme académico, duas facetas que fazem dele um personagem ímpar na actual política norte-americana. Interna e externa. Interna, porque é talvez o único nome que promove consensos nas duas Câmaras e entre os dois partidos, e se há matéria onde Obama precisa de encontrar pontes com o GOP, para diminuir os riscos que actualmente enfrenta de perder as eleições para o Congresso, essa é o Afeganistão. Ou seja, todas as decisões mais importantes tomadas no plano internacional que precisem de avultadas verbas e, por isso, da aprovação do Congresso, terão de ser feitas com os sectores republicanos que mais simpatizam com a continuação das frentes afegã e iraquiana.
Externa, porque será sobre um calendário de todo extemporâneo que Petraeus dirá de sua justiça se está com Obama ou se será Obama que deve estar com Petraeus. Por outras palavras, os custos da estratégia de contra-insurreição levada a cabo no último ano no Afeganistão foram de tal dimensão (económicos, militares, políticos) e sem grandes resultados práticos, que só com mais tempo no terreno e um mais amplo apoio no Congresso se pode tentar mascarar a falta de apoio que hoje existe na sociedade americana. Petraeus é, neste momento, a maior tábua de salvação de Obama e será um nome certamente a ter em conta em futuras campanhas eleitorais americanas.
Finalmente, o melhor central a jogar em Portugal vai para o Porto
O Pedro diz tudo.
Agora que um certo indivíduo foi jogar para Madrid já posso estar a cem por cento com a Argentina.
Se o PSD, conquistando maioria absoluta, quer o CDS numa coligação, qual o sentido de continuarem a existir dois partidos daí para a frente no centro-direita ? Do lado do PSD, percebe-se a jogada: abafam-se as críticas à direita e controla-se o CDS no governo. Do lado do CDS, só se percebe o epílogo quando a vontade de chegar ao governo é maior que a sua dignidade e relevância. É possível torná-lo num suporte político desnecessário, basta que dê este passo.
Dn de hoje O título da crónica é retirado dum livro do Carlos Drumond de Andrade
Free as a bird (1995)
The Beatles
Hoje, no Edição Internacional da Renascença, vou estar com o Tiago Moreira de Sá a analisar a polémica entrevista do General McChrystal à Rolling Stone e o consequente turbilhão político na Administração Obama. É às 23.30.
Pois lá estive a vibrar com o regresso do título de futsal à casa de onde nunca devia ter saído. Fomos ganhar ao grande rival, tricampeão nacional e uma grande equipa. Ganhar-lhes em futsal, atletismo, bisca lambida ou berlinde tem um gosto único, que se entranha e vicia. Não contem comigo para enterrar esta rivalidade.
ps. Um abraço ao meu amigo João Benedito, capitão do grande Sporting e símbolo máximo do que isso representa.
Como deve estar a acontecer em todas as livrarias do mundo, na Cidade do Cabo as montras estão cheias de livros de José Saramago. Quer se queira, quer não, Saramago é, com a excepção dos homens do futebol, o português mais conhecido e respeitado no mundo inteiro.
Se o homem que, em muitas gerações, mais fez pela divulgação da língua e literatura portuguesa não merece que o representante de todos os portugueses esteja no seu funeral, quem merecerá?
Fico com a sensação que Mariano Rajoy disse mais de Saramago nestas últimas horas do que todos os políticos não comunistas portugueses juntos.
Basta entrar em qualquer livraria por esse mundo fora para se perceber a dimensão de Saramago. Sobre o menos, vivemos felizmente num país livre, onde cada um é responsável pelos seus actos e palavras. E assumir as coisas que se diz e faz é um acto de grandeza.
Fork in the road (2009)
Neil Young
A maré negra, a BP, o Obama e o BPL (acabo de falar na terceira pessoa, logo, sofro de miguelvelosismo). Como é que isto tudo anda ligado? É verem o vídeo da Renascença.
Já tenho equipa para o Mundial. É azul e branca, tem jogadores do Porto, marca golos e joga bem.
Nesta imagem, os campeões do Mundo de 1930 com o maior capitão de todos os tempos: Obdulio Varela.
A Flandres, como a Catalunha, ou a Itália da Liga do Norte padecem todas do mesmo mal e do mesmo desejo: são potências económicas regionais que estão fartas de sustentarem os Estados de que fazem parte.
“Toda a gente” sabia que o António tinha cometido um crime. Como não se conseguiam arranjar provas, começou-se por arrancar as unhas ao rapaz a ver se ele confessava. Nada. Depois, enfiaram-se as pernas do bandido – de certeza, que era – numa tina de óleo a ferver. O crápula confessou.
Vieram uns formalistas defender que não se podia condenar o António. Uns ignorantes, uns tipos de má fé, com certeza.
Se se sabia, e o próprio tinha confessado, que era culpado, como é que se podia ignorar esta realidade?