- Pede tu
- Não, pede tu. Vá lá.
- Eu disse primeiro. Pede tu.
- Não sejas chato. Pedes tu e ficamos assim.
- Pedes tu. Já disse.
O DN, jornal onde escrevo, desceu ao nível do CM. Pior, foi até mais baixo (espero, sinceramente, que tenha sido um lamentável lapso). A esse nível desceram também deputados europeus que sem qualquer pudor, para ser poupado nos termos, comentaram este tipo de “notícias”.
O que é inacreditável é estas coisas já não indignarem ninguém, olharmos para estas ignomínias e fingirmos que é normal; ficarmos calmos quando se transcrevem conversas privadas sem qualquer tipo de interesse que não seja o da mera coscuvilhice; ignorarmos estes actos sem que pensemos, um bocadinho que seja, no que isto representa para a nossa liberdade e para os nossos mais sagrados direitos.
Isto já não tem nada que ver com jornalismo, nem com justiça, nem com política, tem que ver connosco, com os nossos valores, com a sociedade que estamos a construir.
Não vale a pena fazermos do G20 o que ele não é: uma organização internacional com capacidade para impor decisões ao mundo.
Hoje no Diário de Notícias
O Correio da Manhã consegue surpreender-nos todos os dias. Quando pensávamos que os níveis mínimos de decência já tinham sido largamente ultrapassados, o Correio da Manhã consegue sempre ir mais longe.
Na edição de hoje, o nojo, a pulhice, a indecência bate todos os records possíveis e imaginários quando se transcrevem conversas particulares de forma absolutamente gratuita.
À quinta foi de vez: um país fora do G8 será anfitrião de uma cimeira do G20. Imediata leitura: é ainda forte a reacção euro-atlântica à variação do centro económico global para a região asiática.
Hoje no Diário de Notícias
Continuo na minha: o importante é ficar à frente do clube de Carnide.
Uma das grandes alegrias desta minha vida é nunca ter tido facebook nem alguma vez ter dado ao dedo no twitter. Continuo com amigos mais que suficientes para o que der e vier e a TimeOut chega-me perfeitamente como agenda de eventos.
Nunca o Pacto de Varsóvia nos tirou um concerto dos Arcade Fire.
Gianfranco Fini tem dedicado parte do seu tempo a elaborar uma jogada política tão arriscada como estimulante: tirar o tapete a Berlusconi, evitar estender a passadeira à esquerda e ser coroado novo presidente do Conselho italiano.
Hoje no Diário de Notícias
DN de domingo
Tal como outros presidentes, Barack Obama responde aos maus resultados eleitorais virando-se para o exterior, neste caso, o que interessa: o Sudeste asiático. A interrogação sobre o sentido desta opção, perante adversidades económicas internas, pode ser respondida desta forma: esta viagem é parte dessa frente interna.
Ontem no Diário de Notícias
Começa a tomar outra forma o estudo das Relações Internacionais em Portugal. Este é um bom exemplo do seu reconhecimento internacional.
Além disso, as sondagens dão ainda uma maioria de desconfiados com o Tea Party no espaço eleitoral republicano, o que faz deste movimento um meio capaz de dividir a plataforma republicana e um auxílio na construção da imagem que Obama precisa: menos presidente dos democratas e mais presidente dos EUA. Há derrotas que podem transformar-se em vitórias.
Hoje no Diário de Notícias
Hoje, no Edição Internacional, vou estar a debater com o Francisco Sarsfield Cabral as eleições americanas. É às 23.30. Depois, finalmente, vou dormir umas quinze horas seguidas. Está tudo bem, obrigado.
Vou estar esta madrugada pelo Diário de Notícias a acompanhar as midterm elections norte-americanas. De manhã vou jogar ténis.
Parece que Maria João Avilez disse que estava em condições de afirmar que o Presidente da República se tinha empenhado muito na escolha de Eduardo Catroga para as negociações do orçamento. Depois disse que Passos Coelho teria contado com um prato semi-confeccionado...
Claro está que Maria João Avilez tem óptimas fontes e não inventou nada do que afirmou. Também me parece evidente que a sra. jornalista não disse o que disse para dar a ideia de que o acordo para o orçamento se deve, só e apenas, a Cavaco Silva . Muito menos seria possível imaginar que a sra. jornalista Maria João Avilez tenha dito aquilo para que as pessoas pensem que Passos Coelho nada fez para que o acordo fosse alcançado. Nem pensar. Alguém, repito, lhe disse e ela acreditou.
Obviamente que cada um acredita em quem quer. Eu, por exemplo, acredito, ou melhor, estou em condições de afirmar, que Passos Coelho escolheu Eduardo Catroga sem que tivesse ouvido Cavaco Silva e que “o prato” não estava semi-confeccionado. Também não acredito que Eduardo Catroga tenha mentido quando disse ao Expresso que não houve interferência do Presidente da República. Crenças, bem entendido.
A Rússia tem-nos dado algumas boas dores de cabeça. O estilo com que muitas vezes actua expõe uma série de casos adormecidos ou propositadamente esquecidos da política internacional.
Hoje no Diário de Notícias
Ainda e sempre a Turquia.
O Brasil vive hoje em euforia política permanente. Os sucessos de Fernando Henrique Cardoso e Lula da Silva levaram o Brasil a um êxtase que contrasta com uma campanha decepcionante para um país que garantiu, a pulso, um lugar cimeiro na política internacional.
Hoje no Diário de Notícias