Sócrates disse-nos hoje que a "Europa já cometeu erros de mais". O trágico não é ser o primeiro-ministro a dize-lo. O trágico é achar que se "Defende Portugal" assim.
"Não há prosperidade sustentável assente no endividamento".
A - Ferreira Leite em 2009
B - António Borges em 2008
C- Cavaco Silva em 2010
D - Teixeira dos Santos em 2011
Portugal faces more pressure on bail-out
Há três semanas quem lê o Expresso e o Sol tem dois países. No Sol é inevitável a ajuda internacional, no Expresso não é precisa.
A Líbia está à beira da guerra civil, o que obriga a "comunidade internacional" interessada a acelerar duas garantias: retirar os seus cidadãos rapidamente e minimizar prejuízos empresariais. Estas prioridades revelam a consciência do banho de sangue em marcha e o peso da âncora económica sobre uma política externa minimamente ética. Se esta for chamada ao topo da agenda, será preciso definir a Líbia como um pária, um regime confortável em abater as suas próprias populações (com o aparelho securitário ou recorrendo a mercenários), e a maior frente de insegurança para a União Europeia.
Ontem no Diário de Notícias
Afinal de contas Merkel "convidou", "convocou" ou "chamou" Sócrates para uma reunião em Berlim no dia em que regressamos aos mercados para colocar dívida?
O comentador Santana Lopes ainda não percebeu que funciona como um teste de credibilidade ao contrário. Quando diz bem de alguém, com a maior das probabilidades as pessoas desconfiam logo do elogiado; quando critica, existe uma forte possibilidade do personagem, pelo menos, merecer o benefício da dúvida por parte dos cidadãos.
Exemplo: quando diz que Rui Rio está melhor preparado que Passos Coelho para governar o país por o edil do Porto ter funções autárquicas há dez anos, relembra-nos o último Primeiro-Ministro que tinha exercido presidências de câmara. Aquele que durou meia-dúzia de meses no cargo, que liderou de forma patética um Governo e que perdeu estrondosamente as eleições para José Sócrates obrigando-nos a suportar estes anos todos de governação socialista.
Estou convencido que Passos Coelho agradece todas as críticas do comentador Santana Lopes.
O preço a pagar pelas jantaradas na tenda de Khadafi é só este: ficar eternamente nas suas mãos. Parabéns Europa.
Hoje no Diário de Notícias
A minha geração não terá um emprego. Dificilmente uma carreira única. Arrisca-se a ter mais do que uma profissão. Mas para que isso aconteça tem primeiro que se solidificar no mercado de trabalho. A diabolização do trabalho precário é tão perigosa quanto demagoga. Pedro Silva Pereira diz-nos que o "Parlamento vai viver hoje um dia que marcará politicamente esta legislatura. Este é o dia em que o PSD apresenta na Assembleia uma proposta para a criação de um regime de contratos de trabalho a prazo orais para jovens". Percebe-se a preocupação com a selvajaria, mas haverá pior do que o desemprego de longa duração?
O mote "Deixa-te de parvoíces e faz-te à vida" até tinha pertinência e piada não fossem os números (23% dos jovens estão desempregados), os recados (até Soares diz que são precisas mais reformas e menos "boys") e as evidências (até a ministra do Trabalho assume que não nomeou, "promoveu" 41 socialistas para as direcções da Segurança Social).
Portugal 2011 = Governo socialista minoritário + impostos + preço dos combustíveis + geração parva + inflação + juros - salários
Enfim, escolha a sua:
Estas eleições são muito mais que locais: elas ditarão o ritmo com que sofrerão alguns parceiros europeus o esfriamento do euro-entusiasmo alemão. Portugal que o diga.
Hoje no Diário de Notícias
from the ice-age to the dole-age
there is but one concern
and I have just discovered:
some girls are bigger than others
Como sou muito teu amigo deixo passar esta tua fase de excitação com o 2º lugar sem uma resposta daquelas que conheces bem. Como já vi umas quantas merdas no futebol, relembro-te um pormenor: o sucesso é cíclico (salvo uma ou outra excepção, uma delas o chato e cansativo Porto de Pinto da Costa) e umas vezes estamos por cima outras por baixo.
Algo está de facto muito mal quando um benfiquista como eu começa a ter alguma simpatia pelo Sporting. Só me lembro de sentir isto pela Académica e pelo Estoril Praia.
Ps: quem é o Cristiano?
Um líder político quando dá uma entrevista tem que ter alguma coisa de novo para dizer, uma mensagem nova que queira fazer passar, um projecto para apresentar. Se assim não for as suas entrevistas tornam-se rotineiras e deixam de ter qualquer efeito. Pior, servem só para os adversários arranjarem temas para a contra-informação.
Lá está: quem muito fala corre um risco redobrado de falhar.
Um gajo percebe que o futebol morreu quando o Sporting-benfica é a uma 2ª à noite.
Consta que já estão a montar a tenda no forte de S. Julião da Barra...
O ministro da Justiça SÓ na semana que hoje termina apareceu três (3!, imaginem) vezes. Falou no final do conselho de ministros, deu uma entrevista e uma conferência de imprensa - foi sobre algemas, mas deu! Alberto Martins regressou.