...mas terá sido ingénua a "fuga" de informação da Comissão Europeia para o DN, no dia em que Passos Coelho inicia o seu primeiro périplo europeu com paragens em Madrid, Berlim e Paris? (Bruxelas e Barroso não tiveram direito a uma visitinha....)
ZP garantiu hoje que Portugal sabe que pode contar com "el pleno apoyo de España" no combate à crise. Desde que isso não implique a marcação da habitual cimeira ibérica que, desde Novembro de 2010, é adiada pelo mesmo ZP.
O Sporting pagou, em 2008 ,2,5 milhões de euros por 50% do Postiga. Vendeu os 50%, em 2011, por 500 mil euros. Um bom negócio não depende apenas de cifrões.
Durante a última vez que estive nos EUA, em Dezembro, o debate era aceso. As críticas cortavam fino. Tudo porque Obama queria taxar como ricos todos os que ganhavam (empresas e pessoas singulares) mais do que 250 mil dólares/ano. Por cá um rico vale 66 mil euros ano. É triste. Mas em Portugal existem menos ricos e os ricos são menos ricos.
Lembro-me de Eduardo Catroga ter acabado com as negociações do OE/11 porque Teixeira dos Santos queria mexer nas deduções fiscais. Passos Coelho não. E não!, porque era uma bandeira. Na política, como na vida, quando perdemos uma bandeira perdemos parte de nós.
Tal como no início do mês, há dias que se anda a anunciar que o Governo vai apresentar hoje medidas que conduzirão a um corte histórico na despesa do Estado. Ou seja, os impostos vão aumentar...
Seguramente que o Senhor Primeiro-Ministro não está de acordo:
Bem sei que governar é muito mais difícil do que fazer oposição, mas não me peçam para não estar desiludido, porque estou... Não tenho memória do último governo que foi coerente com o que andou a pregar na oposição. E mais do que nunca o país precisava que o Dr. Passos fizesse uma política coerente com aquela em que nós votámos, porque era sem dúvida a melhor para Portugal.
Ler o Pedro Lains alivia. No meio de tanto deslumbramento ideológico que para aí anda, é dos poucos que mantém a lucidez e a razoabilidade.
No pós-11 de Setembro, momento que misturou a vulnerabilidade da superpotência e a necessidade de a transformar em músculo, Cheney encarnou o pior do excepcionalismo norte-americano: uma ingenuidade dogmática pronta a espalhar democracia pelo mundo e a instrumentalização militar para fins políticos incertos a lembrar um elefante numa loja de porcelanas. São preferíveis as gaffes de Joe Biden.
Hoje no Diário de Notícias
Longe vão os tempos em que os políticos tiravam seis semanas de férias no Verão, como o ex-primeiro-ministro inglês, Stanley Baldwin. E que Agosto ia a banhos com a silly season. Um dos grandes fenómenos políticos deste ano é exactamente este: a silly season nunca existiu. Nem em Portugal (embora alguns políticos façam de conta que sim), nem em Inglaterra, França ou Espanha, EUA e resto do mundo. Mesmo assim, Obama, Merkel, Cameron ou Zapatero – para não falar de Cavaco ou Passos Coelho – quiseram fazer de comuns mortais e tirar os seus dias de lazer. Tirando o factor sorte da política portuguesa, os restantes líderes foram forçados a interromper as férias. O caso mais caricato deu-se em Londres, mas o americano também merece uma paragem de atenção.
No governo inglês, as três principais figuras (Cameron, Clegg, Osborne) resolveram ir de férias ao mesmo tempo. Não ficou ninguém com autoridade política em casa, uma gestão no mínimo displicente da agenda política, da coisa pública e um sinal da débil coordenação desta coligação contranatura entre tories e liberais. Claro que os motins e a violência nas cidades inglesas obrigaram ao regresso antecipado da Toscana (Cameron). Mas se não fossem os motins, seria a crise da zona euro, se não fosse uma greve geral nas universidades, seria a crise líbia. Ou outra coisa qualquer. Não há tempos mortos na política internacional e, em tempos de austeridade e torniquete financeiro, existem muitos menos na política interna.
No caso de Obama, assistimos a um outro comportamento. De férias na ilha de Martha’s Vineyard, nem a possível queda de Kadhafi chegou para o fazer regressar a Washington e acompanhar a situação. Emitiu uma ou outra declaração avulsa e fez um comunicado via rádio. Todos bem exemplificativos do desinteresse americano na Líbia e do acanhamento actual em usar os seu poder militar. Em 2011, a silly season não existiu. Mas há políticos que continuam a brincar no Verão.
Sábado, na Notícias Sábado
Um país que deveria estar concentrado numa reflexão sobre como reduzir a despesa e reestruturar o Estado, de modo a no curto prazo poder reduzir a carga fiscal sobre os contribuintes, tem, pelo contrário, passado os dias a discutir fórmulas de criar novos impostos ou fazer regressar impostos imorais (como pelos vistos pretende o Senhor Presidente da República). Ou seja, continuamos a pensar em novos métodos de acabar com a pouca competitividade que resta à nossa economia e de promover a economia paralela.
Ainda admitiria que essa discussão fosse profícua se esses impostos ajudassem a resolver minimamente os problemas do país. No entanto, não ajudam! São meros exercícios de demagogia. É fácil e popular bater nos poucos ricos que restam em Portugal e não custa bater em mortos através do retrocesso ao imposto sucessório. Se continuarmos a matar a economia com mais carga fiscal, é evidente que a receita do Estado não aumentará (pelo menos com algum significado) e a nossa economia continuará a definhar sob a batuta dos teóricos que nunca tiveram o arrojo de pensar o Estado e a fiscalidade de uma perspectiva diferente.
A imperativa necessidade que o CNT tem de criar condições para a reconciliação nacional passa por três factores: dinheiro, estratégia política, apoio internacional.
Ontem no Diário de Notícias
Então e as manifestações a favor da liberdade de expressão na sequência da inviabilização das audições sobre a liberdade de imprensa na Madeira?
A Turquia, com ambições nada diferentes, tem a vantagem consigo: reconquistou credibilidade e popularidade nas novas gerações árabes, cresce como poucos economicamente e é visto como o grande país islâmico com autoridade para levantar a voz a ocidentais e a Israel, sem precisar de os hostilizar. Basicamente tem tudo nas mãos.
Hoje no Diário de Notícias
Podemos estar à beira do fim de Kadhafi, mas longe de decretar um final à crise líbia. É o cardápio das dúvidas que hoje vos trago.
Ontem no Diário de Notícias
Partindo do caso sírio, assistimos precisamente a isto: um Ocidente sem a força do passado e um equilíbrio de poder entre Turquia, Irão e Arábia Saudita, com os interessados espectadores Israel, EUA, Rússia, China e UE.
Sábado no Diário de Notícias
Ele há convites que dizem muito sobre quem os faz. O resto é a vidita.
O Sporting contratou 14 jogadores! Ca-tor-ze. Hoje, na Dinamarca, "brilharam" Polga, Djaló e Postiga. Está tudo dito.
Aguardo serenamente a convocatória da manifestação contra a interferência do Governo nos órgãos de comunicação social.Traje: cara pintada de preto
Atacam o investimento de 50 milhões de euros do Estado de Espanha para a recepção ao Papa (o retorno superará em mais do dobro este valor). Mas nada disseram sobre os 83 milhões de euros gastos nos 10 estádios de futebol do euro 2004 (alguns fechados, outros falidos). Só pode ser fobia religiosa. Só pode. Mas isso tem tratamento. Graças a Deus.
(Tirada daqui)
Lê-se e não se acredita. Olha-se para a esquerda e é populismo do pior: as jornadas da juventude que juntam por estes dias em Madrid mais de um milhão de crentes são um desperdício de dinheiro, uma provocação insane feita por uma cambada de radicais do culto.
Olha-se para a direita (sem conotação política, como é evidente) e saltam loucos que querem matar, trucidar, assassinar e, até,...dar navalhadas. Meus amigos, tomem chá e molhem os pés em água fria com muito sal e umas folhas de hortelã. Pode ser que vos passe. Eu cá vou, vou a Madrid em Paz, pela Paz e com a minha Paz (de espírito). E rezarei por vós. Todos vós.
O DN de hoje e o I de ontem sugerem que o Ministro Mota Soares não foi tido nem achado na escolha de Santana Lopes (o que aqui há uns meses ia lançar um novo partido) para provedor da SCML. A história é tão patética que convém ser esclarecida, não vão as pessoas pensar que o Ministro é uma espécie de porteiro do Ministério. Tenho a certeza que se a história fosse verdadeira Mota Soares apresentava a demissão na hora.
A Espanha, com problemas de bradar aos céus, oscila entre a "vanguarda do laicismo" e a beatice política. Assim como assim prefiro a política portuguesa.
Hoje no Diário de Notícias
A Madeira anda há demasiado tempo a cometer os mesmos erros e a aguardar por resultados distintos - é um sinónimo de insanidade. Não há volta a dar, há que cortar e cortar a direito. O presidente do Nacional da Madeira diz que se tornou "num pedinte de final do mês" porque o Governo regional deixou de pagar as subvenções acordadas. O mesmo acontece com o Marítimo. Só falta o inevitável: Alberto João Jardim descer à terra e explicar a todos que acabou. Basta que lhe fechem a torneira no Terreiro do Paço...
Velhos hábitos: O Benfica empata; O Sporting choraminga; O Porto ganha com um penalty inventado pelo amigo de sempre...