A Tunísia tem vantagens na corrida magrebina por dias melhores, mesmo que este processo eleitoral não tenha sido brilhante.
Hoje no Diário de Notícias
Quem diria, há um ano, que os mesmos que privaram na tenda com Kadhafi estivessem hoje a saudar a sua morte? É mesmo assim o reino dos homens. E da política.
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O CDS vai criar um conselho de avaliação dos compromissos eleitorais. Tradução: vamos começar já a pôr o corpinho de fora.
Sou completamente a favor do comentário (televisivo ou não) pago. Subscrevo na íntegra o que diz Ferreira Fernandes: "Um comentador televisivo é um sábio e um comunicador, uma cabeça que pensa, de quem podemos suspeitar ou conhecer as suas tendências mas com quem nunca ficamos a perder escutando". Até admito que isso seja alcançado com o comentário televisivo de Carvalho da Silva. Mas, pelo absurdo, comparemos: Pedro Passos Coelho passa a ter um espaço de comentário na televisão pública. Deve ser pago? Claro que não. Porquê? Carvalho da Silva tem o seu espaço na televisão pública enquanto representante da maior central sindical do país ou enquanto analista? Deve ser pago por ir defender a visão da CGTP na têvê do Estado? Não tenho dúvidas de que não deve. É como um ministro passar a receber, mesmo que simbolicamente, cada vez que dá uma entrevista à televisão de todos nós...
Uma coisa a que alguns chamam jornal decidiu publicar os vencimentos de pessoas que dão a sua opinião na RTP. Entre elas está Carvalho da Silva. Discordo dele a maior parte das vezes. O que não posso aceitar, o que acho insultuoso é que alguém possa pôr em causa o facto de ser pago. Carvalho da Silva é, quer se queira quer não, uma das mais importantes figuras portuguesas. Lidera a mais importante organização sindical portuguesa, tem várias obras publicadas e, como é evidente, tem de trabalhar para preparar as suas intervenções. De certeza absoluta que não foi obrigado a assinar o contrato. Queriam o quê: trabalho sem contrapartida?
Como é evidente esta opinião estende-se a todos os que têm o mesmo trabalho, seja essa a sua actividade principal ou secundária. A RTP decidiu não pagar a políticos. Muito bem. Quem quer fica, quem não quer não fica. O canal que contratar Carvalho da Silva faz uma grande contratação.
A primazia americana em queda depende dos brutais aumentos do seu valor económico, capitalização empresarial e volume de exportações. Conquistar mercados asiáticos é o Santo Graal do pódio internacional. E nenhum Presidente americano quer entregar a medalha de ouro.
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O Correio da Manhã diz que Carvalho da Silva ganha 1,2 salários mínimos (600 euros) por semana por falar na RTP - 2.400 euros/mês (são 59,3 subsídios de Natal para quem ganha 485 euros).
Na semana passada Cavaco Silva fez um bom discurso em Florença. Gostei de ouvir: a Europa não pode ter uma sentença por cabeça num momento em que o Mundo cai ao bocados e as críticas construtivas devem ser feitas nas instituições e não em directórios informais. Passou uma semana e, ontem, o mesmo Cavaco esqueceu-se do que tinha dito: contribuiu para a cacofonia sobre o OE e esqueceu-se que não é à saída de uma conferência, num momento informal, que deve arrasar o Governo. Até parece que tem marcado um Conselho de Estado para a semana.
Vários eurodeputados portugueses confirmaram e relataram a presença de Ana Gomes num almoço na semana passada, em Bruxelas, com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros. A amnésia anda mesmo a atacar alguma esquerda...
Ouvi João Cravinho atirar-se ao OE/2012. Já sabia, hoje confirmei: é um homem SCUT - Sem Consideração pelo Ultraje Total.
Parece-me tudo claro, mas ao mesmo tempo bastante determinista. O governo e agências de internacionalização terão certamente um papel importante, mas não se substituem aos empresários, a quem cabe arriscar e encontrar mercados para lá do mapa político.
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É inegável que a suspensão dos subsídios de natal e férias é uma medida com um impacto muito gravoso na vida das pessoas, que terão muita dificuldade em adaptar os seus custos a uma quebra relevante do seu rendimento. Portanto, seria óptimo que a economia deste país conseguisse sustentar estas e outras regalias que criámos ao abrigo da construção de um Estado Social que, hoje, é provavelmente a grande causa da nossa incapacidade de nos sustentarmos sem ajuda externa.
Ao contrário do que afirma o Ministro das Finanças, parece-me improvável e até indesejável que estes subsídios venham a ser repostos (pelo menos nos moldes actuais) na função pública. Aliás, a tendência é que também no sector privado venham a ser restringidos ou, no mínimo, reformulados. E faz sentido que assim seja! Num país que tem um claro problema de produtividade, não se afigura muito sustentável trabalhar 11 meses e receber 14. Sendo que, considerando os custos com a segurança social, uma empresa paga efectivamente como se um trabalhador produzisse durante 15 ou 16 meses. É também evidente que é conceptualmente estranho que um reformado receba, por exemplo, subsídio de férias. É verdade que em termos médios os salários e as reformas dos Portugueses são baixos, mas não vejo qualquer razão para que a atenuação dessa realidade tenha de ser feita através destes ou outros subsídios. Portanto, na perspectiva de que um dia sairemos desta crise, penso que nos devemos bater por melhores salários anuais, divididos pelo número de meses que tem o calendário. É uma questão de lógica e de sustentabilidade de todo um sistema.
Augusto Mateus: a factura, à saída de um hospital do SNS, deve contemplar a taxa moderadora mas também o custo efectivo do serviço prestado.
Cheira-me que vai ser difícil ouvir reacções do CDS ao OE.
Entretanto lá vão dizendo que são preciso mais explicações, que é preciso falar de crescimento económico.
Fui confessadamente um indignado. Quando gastámos o que não tínhamos, escondemos o que não devíamos, adulteramos o que deveríamos ter mostrado e não fizemos o que deveríamos ter feito. Hoje estou bem mais resignado do que indignado.
O problema dos “indignados” é que, salvo honrosas excepções, quando os vimos ou ouvimos falar, dá a sensação que seriam indignados em qualquer sistema... que implique levantar de manhã cedo para trabalhar e cumprir obrigações próprias de uma sociedade. E isso fere a credibilidade de qualquer protesto...
Hoje escrevo aqui