14,5% de desemprego e agravamento da recessão. Apesar disso, a frase que mais se ouviu ontem foi "estamos no bom caminho". Eu devo ser muito estúpido, mas parece-me um caminho um bocado estranho... Enfim, pode ser que resulte!
O ritmo com que definir os seus termos internos mas sobretudo os instrumentos ao dispor na relação com Washington e Pequim (e demais potências), ilustrará o papel que quer na prática jogar. Se irá ficar numa espécie de zona tampão entre EUA e China - com a Rússia de olho aberto - ou se terá argumentos com poder real (militar, económico e político) capazes de contar nas grandes questões do futuro.
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O Presidente da AMI está "menos crítico, nas suas sempre ponderadas palavras, em relação a algumas" situações em Angola". Gostei especialmente da parte onde Fernando Nobre diz que "a legitimidade europeia está beliscada, mas não ignora que é preciso saber fazer respeitar os direitos humanos, uma mensagem que deve passar com afeto e muita diplomacia".
Que é como quem diz: vá lá, não sejam mauzinhos. deixem-se dessas coisitas de não respeitar os direitos humanos, tá bem? Pronto, vamos beber uma ginjinha.
Diouf, um pequeno empresário com quem longamente falei, dizia-me que os senegaleses jamais pactuariam com o sonho do Presidente Wade. O seu progressivo centralismo, controlo político e extorsão constitucional são golpes fatais no estatuto do Senegal. Wade deu a volta à Constituição para poder concorrer ao terceiro mandato, reduziu para 25% o mínimo para vencer as eleições e criou a figura de vice-presidente, para o qual prepara o seu filho Karim, com um poder desmesurado e súbito no Governo, liderando as pastas da energia, infraestruturas, desenvolvimento regional e cooperação internacional.
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Um outro ângulo tende a ampliar o raio de ação das relações económicas e políticas nesta previsível nova década de Putin. Para isso, assume a condição de grande potência euro-asiática e explora a dinâmica deste grande mercado securitário: 90% das exportações de armamento russo anuais têm já como destino a Índia e a China. Não será apenas na competição regional com os EUA, China e Japão, mas através de uma área de influência prioritária: a Ásia Central, em particular o Cazaquistão, um dos petroestados em maior expansão no mundo. Além disso, assistiremos à corrida ao Ártico, com Moscovo a reforçar uma anunciada presença militar em defesa do "interesse nacional".
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Ricardo Sá Fernandes manda vir porque os juízes do caso Rui Pedro acreditaram mais nos inspectores da PJ do que numa prostituta. O estranho é que, também eu, acreditei até hoje que a dita prostituta tinha mais credibilidade do que os ditos pêjotas. Porque será?
Meia Europa foi atrás de uma boa ideia (promover o crescimento), proposta da forma errada (contra o eixo que manda), pela pessoa errada (David Cameron). Não percebo a vantagem competitiva de Portugal a subscrever?
Mas a médio-longo prazo, sem negociação direta e séria dos dois lados e com uma possível mudança de regime na Síria, o Irão será levado a reforçar os seus laços na região e sobretudo a impor-se definitivamente no Iraque. É aqui que novamente os nossos olhares vão concentrar-se. Porque Bagdad tem uma projeção de exploração de petróleo a dez anos com vista a igualar a Arábia Saudita, ainda por cima livre de quotas da OPEP; e porque representaria na perfeição um ciclo de declínio americano seguido da ascensão iraniana. Acreditem que nada daria mais gozo aos aiatolas.
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Jinping é da geração pós-revolução, cresceu na era de Deng Xiaoping e viveu nos EUA. Aliás, a sua filha estuda em Harvard. Este será um dos maiores desafios bilaterais no futuro: a competição por mão de obra ultraqualificada para vencer a batalha da competitividade tecnológica, áreas em que os EUA ainda lideram destacados.
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Hoje, no Económico.
Sondagem recente (IFOP) é clara para Sarko: com Le Pen na corrida, a diferença para Hollande é de 5%; sem Le Pen, pode chegar ao empate. É com ela que para já a luta se trava.
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Esqueçamos a política do Governo. Esqueçamos tudo o que o Governo fez no primeiro semestre em funções. Esqueçamos o país que PSD e CDS herdaram. As facturas. As exigências da troika. A turbulência do euro. Esqueçamos tudo isso. É sério o PS dizer que o aumento preocupante do desemprego entre Setembro e Dezembro se deve a um Governo que tomou posse no final de Junho?
Depois de ter sido apupado em Guimarães, Cavaco Silva queria voltar a sair hoje à rua. Oficialmente falando - e colocando de lado a ida à Finlândia. Escolheu a Escola António Arroios que, desde que me lembro de mim, sempre foi muito calorosa na recepção de políticos. Principalmente, daqueles políticos que vivem entusiásticos momentos de popularidade como é o caso de Cavaco.
Adenda: Afinal, foi um "impedimento"...
Um médico se vir alguém a morrer tem o especial dever de parar e ajudar. Um polícia se vir alguém a roubar tem o especial dever de parar e ajudar. Um bombeiro se vir uma casa a arder tem o especial dever de parar e ajudar. Um jornalista se se depara com uma injustiça tem especial dever de parar e ajudar. E um militar tem ou não o especial dever de respeitar a hierarquia?
"No arranque do debate quinzenal, Francisco Louçã pergunta ao primeiro-ministro como justifica o negócio entre a Caixa Geral de Depósitos e o empresário Manuel Fino, em que lhe garante 62 milhões de euros de mais-valias. Sócrates diz que essa operação não tem nada a ver com o governo, que não se intromete na negociação de créditos da Caixa. Louçã acusa Sócrates de não tomar atitudes nem face a este prémio a Manuel Fino nem face ao despedimento na fábrica de Américo Amorim, depois de anos a fio com lucros. Sócrates dá a palavra ao ministro das Finanças, que diz que a Caixa não tem de discutir este tipo de operações e que o negócio com Manuel Fino evitou que os resultados da Caixa descessem 80 milhões de euros. Louçã contrapõe que o governo terá de se explicar melhor e explicar as contas que não batem certo".Hoje, sabemos que a CGD ganha 30 milhões com o tal negócio. E Louçã? O que diz?
Antes de se pensar em ampliar o número de membros permanentes do CS, seria interessante discutir os limites do direito de veto. Até lá - entre muitas outras reformas internas - a ONU continuará a ser o que os seus membros quiserem: uma coutada e não uma comunidade de segurança.
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Só mesmo o Sporting para me fazer rir. Não há dúvida, é mesmo um clube simpático. A Académica que se ponha a pau, já faltou mais para o Sporting se tornar o segundo clube de todos os portugueses.
Vitor Pereira só pode estar nervoso. Domingos saiu do Sporting.
Matosinhos tem dez juntas de freguesia. As dez são governadas por dez presidentes de junta eleitos pelo PS. Os dez presidentes de junta de Matosinhos estão contra a reforma do poder local porque têm um parecer de um geógrafo (Rio Fernandes) e um outro de uns advogados (Pinto Júnior Associados) que dizem que a reforma tem "fragilidades" e "erros".
O Egito está há um ano sem Mubarak mas tem pouco para celebrar. Passámos da euforia à violência. Substituímos o slogan "exército e Tahrir, a mesma luta" para "exército e Tahrir, a luta continua".
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