The guys we were stealing from in "The Wire" (2002) are the Greeks. In our heads, we're writing a Greek tragedy, but instead of the gods being petulant and jealous Olympians hurling lightning bolts down at our protagonists, it's the Postmodern institutions that are the gods. And they are gods. And no one is bigger.
David Simon (criador do The Wire)
A somalização da Guiné-Bissau é uma derrota da política externa portuguesa, da CPLP e da ONU. Toda a gente sabe o que se passa há anos - há até quem "pressinta" os golpes - e ninguém mexeu uma palha. Não é, na verdade, caso único.
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É na destruição do sentimento de inevitabilidade de uma confortável vitória de Hollande que toda a sua campanha se moverá. Começou com um remake da "carta a todo o povo francês" - lançada por Miterrand para a reeleição de 1988 -, olhando assim para o centro, mas com um conteúdo marcado pelas ameaças, medos e incertezas que a sua derrota trará. Sarko corteja a direita da autoridade e o imaginário da grande França, sabendo que este tem adeptos para lá do gaullismo.
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A narrativa que desenhar para fragilizar Obama daqui em diante será a fórmula agregadora do seu sucesso. Entre os evangélicos, como base mobilizada no pragmatismo de tentar tirar Obama do trono; entre os hispânicos, em estados como Florida, Colorado, Arizona ou Nevada, puxando talvez de um joker para vice-presidente (Marco Rubio?); e no voto feminino, onde Obama leva larga vantagem. Até aqui, Romney foi pouco mais que desastroso nos três sectores. E eles vão ser fundamentais em novembro.
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De acordo com o Global Language Monitor, plataforma que cobre mais de 50 mil fontes de informação à escala mundial, a expressão "ascensão da China" foi a mais lida neste século, superando "11 de Setembro", "guerra do Iraque", "eleição de Obama" ou "morte de Ben Laden". A proliferação bibliográfica acompanhou o surto: numa busca ao amazon.com, encontro mais de seis mil livros sobre o assunto, tornado no grande filão das relações internacionais.
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O tom do encontro na Casa Branca afasta, porém, os dramatismos da insegurança internacional e centra a conversa nas dinâmicas internas. O Brasil precisa de recuperar a sua indústria (o seu peso na economia nacional caiu de 16% para 12% entre 1995 e 2011) e criar uma geração altamente qualificada em inovação, ciência e tecnologia, essenciais a grandes sectores da economia como a energia, agricultura ou engenharia.
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A ver se nos entendemos de uma vez por todas: uma vitória do Sporting na Europa não é uma vitória "do futebol português". É uma vitória do Sporting e dos sportinguistas. Nossa. Para nós. E de mais ninguém.
Também aqui.
É o título de um filme francês que gostei e parece ser o novo estado de espírito governamental. Sobre a reposição ou não dos subsídios de férias e Natal, não bastaria dizerem: a seu tempo veremos se é possível? Confesso que não percebo tanta atrapalhação sobre este assunto.
O que Cameron não diz é que a retórica de Thatcher serve um propósito bem diferente de 1982: o potencial de exploração, produção e exportação de 60 mil milhões de barris que a bacia das Falkland aparentemente tem. Londres sabe que, hoje, é sobretudo isto que está em causa e que dificilmente Buenos Aires se atreverá a nova invasão, mesmo apoiada na América Latina. E com o atual preço do barril, é bem provável que a tentação por novas Falklands prolifere e as disputas territoriais e marítimas aumentem. Os juristas da especialidade vão ter muito com que se entreter.
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Ando numa nostalgia preocupante e que me consome os neurónios e as entranhas. Nunca me deu para isto e sempre fiz alguma questão de não sair ao meu pai nesta matéria. No resto, tudo bem. Gosto de olhar para a frente, de ir à procura de chatices e desafios. Mas enquanto a família cresce e novos sócios do Sporting vão dominando as atenções, começo a ser invadido por tudo menos pelo futuro. Nesta altura da Páscoa é o desastre. Lembro-me de cada um dos meus amigos da escola que deixava para trás antes dos míticos quinze dias de férias. Onde é que eles estão? Os amigos e os quinze dias? Não estão. E não voltam. Onde estão os lanches em casa dos avós ao domingo? Não estão e não voltam. Onde estão as fugas de bicicleta pela quinta dos ingleses até à praia de Carcavelos? Não estão e não voltam. Isto de ser adulto é a pior coisa que inventaram. A pior. Tirem-me deste filme. Tenho saudades de tudo e o pior é que nada voltará a ser como antes. Nada.
Um assessor do Ministro Miguel Relvas escreve um texto a destratar o recém nomeado presidente da Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública, João Bilhim. Sabendo que essa nomeação é da responsabilidade directa do Primeiro-Ministro e do Ministro das Finanças, devemos presumir que o coordenador político do Governo está contra essa nomeação ou que o assessor se diverte a criticar a o Primeiro-Ministro durante as horas em que devia estar a trabalhar para o Governo?
Para já pode chegar, mas de futuro é muito pouco. Como poucos são os seus conselheiros para a Ásia. Apenas três e dois deles vindos da Administração Bush (Evan Feigenbaum e Aaron Friedberg). O outro é Kent Lucken, diretor do Citigroup e um indefetível de Romney desde Massachusetts. Muito pouco para um continente tão importante.
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