Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012

 

 

 

 

 

Sabendo que Bernardo se anda a sentir muito sozinho lá para a América, sabendo que parece que a coisa não se resolve sem que eu por lá passe, vou até lá. Bem sei que é muito perigoso deixar a pátria sem mim mas estou convencido que sobreviverá. Até ao meu regresso.



publicado por Pedro Marques Lopes às 18:57 | link do post | comentar



publicado por Francisco Proença de Carvalho às 17:05 | link do post | comentar

 

Chris Christie, estrela republicana e governador de New Jersey: “the president has been all over this and he deserves great credit.”



publicado por Bernardo Pires de Lima às 16:38 | link do post

No meio de um furacão, há um erro que Romney não pode cometer: tentar tirar proveito político de todo e qualquer dano que ocorra nos swing states para culpabilizar o Governo federal e indirectamente Barack Obama. Não repetir a reação intempestiva ao assassinato do embaixador Stevens em Bengazi é uma lição a aprender. Até porque o republicano tem contra si o facto de ter proposto retirar funções e dinheiro à agência federal de gestão de emergências, para dar mais poder às agências e governos estaduais responsáveis. Em emergências desta magnitude, as duas esferas são precisas, uma não tem de ser evaporada em detrimento da outra. Ato contínuo, Obama, retirado da campanha para regressar à Casa Branca, já colocou a coordenação interestadual do Sandy como prioritária. Com cortes de energia previsíveis quando a pressão final das campanhas se centrava em mais anúncios televisivos, há um foco de atenção para o Presidente que não existe sobre Romney. Perder rotação era o último dos desejos republicanos.

 

Hoje no Diário de Notícias



publicado por Bernardo Pires de Lima às 10:33 | link do post

Terça-feira, 30 de Outubro de 2012

Veja museus com calma. E por vários dias. É raro o que se paga.



publicado por Bernardo Pires de Lima às 20:07 | link do post

Há poucas mas boas livrarias. Mas não tente comprar livros. Arranje uma morada local e encomende no Amazon.



publicado por Bernardo Pires de Lima às 19:54 | link do post

Excluíndo o presidente (que também não fala com mais de meia dúzia de tipos) é possivel chegar a qualquer um. Se lhe disserem o contrário, não acredite.



publicado por Bernardo Pires de Lima às 19:44 | link do post

A happy hour não implica felicidade e um copo, mas pode fazer a diferença entre estagnar ou começar um projecto.



publicado por Bernardo Pires de Lima às 19:39 | link do post

Não confundir rede social com network.



publicado por Bernardo Pires de Lima às 19:38 | link do post

Parece que a dra. Viviene concorda comigo.



publicado por Bernardo Pires de Lima às 19:17 | link do post

Está encontrada a segunda "surpresa de outubro": chama-se furacão Sandy, vai atingir estados decisivos e tornar ainda mais indefinida a reta final da campanha. A "surpresa de outubro" é um clássico nas eleições americanas: qualquer coisa que acontece numa corrida eleitoral muito disputada e que pode fazer a diferença. A primeira foi a prestação de Romney no debate inaugural, um fator determinante na projeção do republicano e da fragilidade de Obama. Mas o furacão Sandy tem efeitos conhecidos (cancelamento de ações de campanha na Virgínia e no Colorado) e indeterminados: nos números do voto antecipado e na forma como o Governo e o seu líder responderem aos danos provocados pela natureza. Obama tem aqui uma dupla oportunidade. Perde momentum no contacto com eleitores em estados críticos, mas assume o papel de Presidente quando ele é preciso. Terá isto impacto na campanha? Não sabemos. Mas tivesse o Katrina aparecido antes de 2004 e dificilmente George W. Bush teria sido reeleito.

 

Hoje no Diário de Notícias



publicado por Bernardo Pires de Lima às 10:35 | link do post

Segunda-feira, 29 de Outubro de 2012

Seria a quinta vez, mas a primeira numa reeleição: o vencedor do colégio eleitoral perder a votação popular. Este cenário começa a ganhar alguma forma e Obama pode muito bem seguir as pisadas de John Quincy Adams, Rutherford Hayes, Benjamin Harrison e George W. Bush. É difícil olhar para cenário mais negativo para a reeleição. O debate, polarizado está e extremado ficaria. Com Congresso dividido nas maiorias e exigente com a Administração, as vozes republicanas erguer-se-iam contra a legitimidade de Obama (a memória em política costuma ser seletiva e 2000 esquecido taticamente). O sistema eleitoral e o edifício democrático seriam postos em causa sem fim à vista, monopolizando o debate em detrimento das grandes temáticas: economia, finanças e saúde. Teríamos uma Florida (2000) no Ohio ou Wisconsin, com recontagem de votos e dramatismo. O Supremo seria chamado a sentenciar a maratona à entrada de um ano com alterações no colégio de juízes. Obama quererá tudo menos isto. Mas pode vir a tê-lo.

 

Hoje no Diário de Notícias



publicado por Bernardo Pires de Lima às 09:55 | link do post

Domingo, 28 de Outubro de 2012



Há trinta anos (mais mês, menos mês) fui ao campo da Amoreira ver o meu FC Porto. Empatamos um a um, e Pinto da Costa fez o seu primeiro jogo como Presidente do clube.
O Porto era o terceiro clube nacional, a grande distância do segundo, e em termos europeus até o Vitória de Setúbal tinha palmarés semelhante.
Passados trinta anos, volto à Amoreira com os meus dois filhos homens. O meu muito amado FC Porto ganhou mais campeonatos que todos os outros clubes juntos, tem sete títulos internacionais e tornou-se numa enorme potência mundial futebolística.
Muito obrigado Presidente Pinto da Costa. Não te agradeceremos suficientemente.



publicado por Pedro Marques Lopes às 18:48 | link do post | comentar

O que o primeiro-ministro tem de declarar é que as suas escutas e todas outras sem relevância criminal ou ilegalmente realizadas devem ser imediatamente destruídas e tentar por todos os meios que ninguém, fora das suas atribuições, possa ouvir escuta alguma. São princípios básicos, repito, do Estado de Direito que estão em causa. E o primeiro-ministro tem de ser o primeiro a defendê-los.


DN de hoje



publicado por Pedro Marques Lopes às 14:17 | link do post | comentar

Romney não é McCain: não se ficou pelo financiamento público, surpreendeu nos debates e tem narrativa económica. E Obama não é Obama: foi-se a surpresa, é "normal" em debate e fugiu-lhe o álibi Bush. É este duelo que está na arena nestes dez dias finais de campanha: um pragmático conservador contra um progressista pragmático. O que pode, então, fazer a diferença? Para Obama, a mobilização do voto antecipado e uma corrida súbita às urnas da sua palete de cores preferida: jovens, mulheres, latinos e afro-americanos. O voto antecipado não tem corrido mal, sobretudo no decisivo Ohio, mas a mobilização é uma incógnita. Mil milhões de dólares angariados podem dar o toque de caixa, mas esbarram num número igualmente astronómico e pornográfico: outros mil milhões no bolso de Romney. Aqui, o voto do americano branco e das classes trabalhadoras vai definir a aproximação ou, até, a vitória. Há quatro anos, dinheiro em falta foi voto fora da caixa. Mas Romney não é McCain e Obama já não é Obama.

 

Hoje no Diário de Notícias



publicado por Bernardo Pires de Lima às 06:47 | link do post

Sábado, 27 de Outubro de 2012

Mas a grande crise económica europeia obriga a afinar a agulha do nosso comércio externo e da máquina diplomática. Nos últimos anos, São Bento chamou a si a politica europeia porque simplesmente ela não é mais politica externa no sentido clássico, mas parte integrante da política interna dos estados membros. 80% da nossa legislação vem de Bruxelas e a federalização em curso pede mais chefe do governo do que chefe da diplomacia - um ministro para os assuntos europeus, na dependência do Primeiro-ministro seria uma solução. As Necessidades deviam estar concentradas em relações externas fora da Europa, diplomáticas, comerciais, de segurança. Não é mais possível fazer o trabalho europeu e extra-europeu ao mesmo tempo. Perde-se força na Europa e fica-se aquém em teatros como a CPLP e a Guiné-Bissau. A alteração orgânica do governo também devia passar por aqui.

 

Hoje no Diário de Notícias



publicado por Bernardo Pires de Lima às 08:12 | link do post

Bernardo, permite-me que te lembre que o previsível colapso europeu não teria apenas consequências económicas para os Estados Unidos. O cataclismo político que surgiria na Europa forçaria inevitavelmente os Estados Unidos a agir. Por inúmeras razões que nem preciso de referir, algumas tão aterradoras que até dão arrepios.



publicado por Pedro Marques Lopes às 04:09 | link do post | comentar

O Nuno toca aqui num ponto importante. Porque está a "Europa" afastada do debate eleitoral nos EUA? É isso mais um sintoma a acrescentar ao "declínio europeu"? Como diria o outro, concordo com a primeira parte da pergunta, discordos de três vírgulas e sou contra o ponto de interrogação. Por partes. Em primeiro lugar, o "declínio europeu" (e a perda de centralidade da Europa na política externa dos EUA) é um debate intelectual e geopolítico na foreign policy community norte-americana com pelo menos vinte anos. Basta investigar uns tempos as principais revistas e os principais scholars para chegar a essa conclusão. Começou em 1989 por razões evidentes e foi estimulante em grande parte da década de 90. Retomou o impulso após o 11 de Setembro, mas o argumentário da discussão pouco se alterou. Zakaria não inventou nada, muito menos os escuteiros que o tentaram imitar. Hoje, quando "culpamos" os EUA por não centrar uma parte do debate de política externa da campanha na Europa, falhamos na análise da percepção americana. Isto foi evidente há dois dias, num debate a que assisti, com Bruce Riedel, Bob Kagan e Martin Indyk aqui em DC. Quando um jornalista suíço lhes perguntou porque estava a Europa fora do debate, todos responderam: porque não há problemas de segurança na Europa que justifiquem a atenção de dois candidatos à Casa Branca. O ângulo é invariavelmente securitário, de hard power: se há ameaça de Moscovo, então é central (como foi durante décadas). Como não existe nenhuma grande ameaça (de dimensão nuclear) a não ser outras de dimensões controláveis pelos europeus, porque raio devem os candidatos à Casa Branca ter um discurso sobre a Europa?

Outro ponto diferente, e a meu ver mais próximo da pertinência, reside no efeito que o colapso da zona euro pode ter na economia americana. Para mim, este é um ponto válido e que nenhum candidato quer abordar. E, que, em última análise, é um problema de segurança nacional para os EUA por prejudicar a sua recuperação financeira e económica. E é válido por duas razões. Primeiro, porque nenhum dos dois tem peso nas decisões europeias - ora isto diz mais do "declínio dos EUA" do que do "declínio da Europa", para usar a mesma expressão. Isto foi evidente aquando das tentativas que Tim Geithner fez junto dos líderes europeus nos últimos meses. Segundo, porque não tendo peso, não vão fazer campanha no Ohio, na Flórida, no Colorado ou no Wisconsin dizendo, "eles ali no outro lado do Oceano estão a afundar-se, isso vai ser terrível para a nossa economia (e vai), mas eu (Obama ou Romney) não posso fazer nada". Era um tiro monumental em cada um dos pés.

Por fim, o argumento que olha, primeiro, para o desejo dos EUA de serem pivot no Pacífico e, segundo, disto estar a ser feito em prejuízo da Europa e do interesse de Washington no velhinho continente. Há factos que desmentem as duas premissas, mas volto a esse tema num outro post.



publicado por Bernardo Pires de Lima às 02:30 | link do post

"Carlos Costa Pina é membro do Conselho de Administração e membro da Comissão Executiva da Galp Energia desde abril de 2012, sendo esponsável pelos serviços corporativos e pelo segmento de negócio de Biocombustíveis. Atualmente é também docente na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Antes de ingressar na Empresa, foi administrador do grupo Ongoing, com responsabilidades, ao nível das sub-holdings de TMT, em Portugal e no Brasil, Imobiliário e Serviços entre setembro de 2011 e março de 2012 e foi secretário de Estado do Tesouro e Finanças do XVII e XVIII Governos Constitucionais entre 2005 e 2011, tendo assumido por inerência funções nos órgãos de diversas instituições financeiras internacionais. Carlos Costa Pina é licenciado e mestre em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e doutorando em Direito pela mesma faculdade".


publicado por Francisco Teixeira às 00:42 | link do post | comentar

Sexta-feira, 26 de Outubro de 2012

Mas... se nunca foi nem baixo, nem médio, nem alto quadro, nem duma empresa, nem do Estado, como diabo é um alto quadro? Desculpa insistir, mas não percebo. É provável que seja um génio absoluto, uma mente brilhante, um académico destacado assim como o Prof. Santos Pereira, mas alto quadro não estou a ver mesmo. Insisto, só se for mesmo pela altura.



publicado por Pedro Marques Lopes às 23:51 | link do post | comentar

Faz falta humor. Faz falta paciência. Faz falta objetividade. Eu nunca disse que o MLR era um alto quadro de uma empresa. Nunca disse que era um alto quadro da função pública. Disse que era um alto quadro que o Governo conseguiu atrair. Ainda bem. Parabéns aos dois.

P.S. Pedro eu não insinuo. Nunca, logo nunca mais. Vê os comentários ao primeiro post. Houve quem, sob anonimato, tenha tratado por boy quem não é boy. Eu respondi aos anónimos cobardes que insultaram sem dar a cara. E que cobardes, esses....


publicado por Francisco Teixeira às 23:14 | link do post | comentar

Estive a tentar descobrir se eu ou alguém por mim teria dito ou escrito que o Manuel Rodrigues era um boy partidário, que usurpou dinheiros públicos ou que tem padrinhos (bom, padrinho deve ter sendo católico). Não consegui, mas imagino que um impostor qualquer tenha posto essas palavras na minha boca ou assinou um texto em que eu escrevia isso. Há para aí muita malandragem. 

  Para que não restam dúvidas vou voltar a repetir o que escrevi mas mais explicadinho: o Manuel Rodrigues pode ter muitas qualidades mas alto quadro nunca foi. Nunca geriu empresa nenhuma e nunca dirigiu nenhum organismo do Estado. Se alguém quiser a minha opinião, um rapaz de 32 anos por muito bom aluno que seja, por muitos doutoramentos fantásticos que tenha, que nunca tenha tido responsabilidades mínimas de gestão (em sentido lato, dou de barato) não serve para secretário de Estado das Finanças em nenhuma parte do mundo. É o que eu penso, só e apenas.

 

PS por favor Francisco, nunca mais insinues que eu disse coisas que eu não disse, nunca mais.



publicado por Pedro Marques Lopes às 20:11 | link do post | comentar

Peço desculpa. Manuel Luís Rodrigues é, de facto, um boy partidário que só subiu na vida à conta da baixa política de corredor, da compra de votos e da usurpação de dinheiros públicos, dos favores dos seus amiguinhos e porque tem grandes padrinhos. Foi sempre assim. Quando acabou engenharia no Técnico, quando fez o mestrado em gestão de empresas em Navarra, o MBA em Kellogg, quando foi investigador em Lausanne, quando fez o Doutoramento em Cranfield e quando foi consultor de empresas de vão de escada como o BCG e a A.T.Kearney em Madrid.Tudo isto em 32 anos de vida (!?!?). Trinta-e-dois, imaginem só. Como pode a política atrair gente tão pouco qualificada???


publicado por Francisco Teixeira às 16:40 | link do post | comentar | ver comentários (7)

O Manuel Rodrigues foi alto quadro de que empresa? Tem experiência em que sector público?

Oh diabo. Tem razão. O rapaz é alto.

 



publicado por Pedro Marques Lopes às 15:20 | link do post | comentar

Quinta-feira, 25 de Outubro de 2012
É sempre bom ver o Estado contratar um alto quadro. Parabéns aos dois.


publicado por Francisco Teixeira às 22:44 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Nem com um success fee de viagens de autocarro à borla sabem guardar segredo.


publicado por Francisco Teixeira às 22:07 | link do post | comentar

Quarta-feira, 24 de Outubro de 2012

A partir de Domingo passo a assinar diariamente uma coluna no DN dedicada ao ringue eleitoral norte-americano. Regressarei ao modelo tri-semanal a 10 de Novembro.  



publicado por Bernardo Pires de Lima às 16:43 | link do post

Obama parece Bush pai à porta de Bagdad. Romney, o herdeiro da triunfal década de Clinton. E como se esperava, os ganchos de fora para dentro foram o mais relevante para a campanha: Obama focado no Ohio e Pensilvânia, Romney na Florida e Wisconsin. No final, toda a política externa é interna.

 

Hoje no Diário de Notícias



publicado por Bernardo Pires de Lima às 09:28 | link do post

"Segundo dados do Banco de Portugal, nos primeiros oito meses de 2012, as Exportações Portuguesas de Bens e Serviços ascenderam a 43,2 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 6,7% face a igual período de 2011 (taxa de variação homóloga de 9,2% nos Bens e de 1,5% nos Serviços). Estes números contribuem para que Portugal tenha atingido, no acumulado dos primeiros oito meses do ano, um superavit de 315 milhões de euros na sua balança comercial".
Fonte: AICEP


publicado por Francisco Teixeira às 00:20 | link do post | comentar | ver comentários (3)

Dois primeiros-ministros, os dois escutados, o mesmo procurador, dois conselhos: no primeiro "não se divulgue", no segundo "se fosse eu divulgava".


publicado por Francisco Teixeira às 00:09 | link do post | comentar | ver comentários (5)

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