A senhora Ministra da Justiça, no seu registo habitual, acha normal que o Primeiro-Ministro, para expor a sua inocência, queira divulgar as escutas de conversas telefónicas que teve. Que belo exemplo que um governante daria ao país ao ter que expor a sua inocência, revelando uma escuta de uma conversa privada, trazida mais uma vez à praça pública ao abrigo de agendas políticas ocultas de agentes judiciais, na habitual cumplicidade com os meios de comunicação social.
Pena que a senhora Ministra não se preocupe com esta realidade que há muitos anos vem minando a democracia portuguesa.
Salvo o devido respeito, a senhora Ministra continua sem entender as pedras basilares de qualquer Estado de Direito. Mas, já me esquecia... A impunidade acabou! Agora, só falta continuar a tentar acabar com a presunção de inocência, com o direito à reserva da vida privada, com o direito de recurso e outras coisinhas sem qualquer importância que só servem para atrasar o exercício da actividade justiceira.
Escrevo antes do debate, mas os temas são conhecidos. Sobre "a América no mundo", ambos querem liderança, mas divergem nos meios: Romney quer reforçar o orçamento da defesa (sem dizer como) e Obama quer cortar onde é desnecessário e no final de duas guerras. Numa economia em crise, o discurso democrata é mais apelativo, sobretudo em ringues decisivos como o Ohio e a Florida, onde a maioria tem familiares ligados às Forças Armadas e está cansada de guerras.
Hoje no Diário de Notícias
O meu último artigo no Diário Económico.
Está de regresso a miserável novela das escutas.
Mais uma vez um pm é escutado, mais uma vez se põem cá fora coisas que não podem de forma nenhuma ser reveladas e mais uma vez ninguém vai ser responsabilizado por esta vergonha.
Espero, ao menos, que o actual pm tenha sentido de Estado e recue na inacreditável declaração em que dizia não se importar que as suas conversas fossem divulgadas. Não é ele que está em causa - é triste ter de lembrar isto -, é a lei e os mais básicos direitos individuais.
PS. não vale a pena perguntar aos infelizes que se fartaram de falar em escutas noutras alturas se agora já percebem o que está em causa. Um pulha é um pulha, não muda.
Mesmo no caos de insegurança interna, Tripoli permanece firme ao lado dos EUA. Estes, chocados com a morte de um "libertador da Líbia", não compreendem o terreno. É visível no debate intelectual e político aqui em Washington que a maioria acordou para a realidade no dia em que Stevens morreu. "Então libertámo-los do Kadhafi e eles matam um dos nossos? Como é possível?", são as perguntas constantes.
Hoje no Diário de Notícias
Tudo o que Obama não fez em Denver mostrou neste segundo debate. Competia-lhe atingir um objetivo: pôr Romney contra Romney. Ou seja, encontrar e expor as propostas enquanto governador e como candidato, como empresário e durante as primárias republicanas. Isto foi evidente nas soluções energéticas, no plano de saúde e na postura com a China. Obama foi ríspido, olhou-o nos olhos e seguiu a estratégia à risca: expor Mitt Romney aos eleitores indecisos.
Hoje no Diário de Notícias
1. Romney e os "binders full of women" (o grande eleitorado a conquistar).
2. Obama/Crowley contra Romney no momento Libia.
3. O punch final de Obama sobre os "47%".
Convinha convidarem o Ministro Miguel Relvas para os Conselhos de Ministros. Não lhe dizem nada e depois dá nisto. E o pior de tudo é andarem para aí a dizer que foi ele que pôs o "orçamento preliminar" nas redacções dos jornais. Como é que podia ser ele se ele nem sequer esteve presente nas reuniões?
Dizem as sondagens que são quatro as preocupações dos eleitores: emprego, défice, saúde e segurança social. Para quê debater política externa? Se as sondagens ditassem o guião dos debates tínhamos a governação reduzida a um terço, na esperança que isso cumprisse o seu papel. É claro que a política externa é importante e, não esgotando os outros dois terços (cumpridos pelas qualidades dos candidatos, à prova, hoje, com perguntas da plateia), tem tudo a ver com economia, défice, perfil do comandante em chefe ou estratégia num mundo competitivo.
Hoje no Diário de Notícias
Chegámos a um beco institucional: presidente ausente, governo quebrado, tribunais empilhados, tudo na rua. Querida, ficamos ou voltamos?
Repetir 500 vezes "Portugal não é a Grécia" até ser humanamente impossível continuar a fazê-lo.
Há talentos inesgotáveis: que tal renovar a frota automóvel na véspera da discussão do orçamento?
É muito provável que António Borges seja pior político do que consultor, embora talvez não seja errado afirmar que possa ser ainda pior consultor do que político.
A Comissão Europeia e o FMI vivem o efeito Pimenta Machado: o que hoje é verdade, amanhã pode não ser. E assim sucessivamente até acertar.
Vítor Gaspar vive o complexo Obama: adorado lá fora, odiado dentro de portas.
38 anos depois do 25 de Abril, só há partidos socialistas em Portugal.
Há falta de cabelos brancos no governo. Por outro lado, abundam os patos bravos.
O facebook apropriou-se do debate político. Ganha o facebook, perde o debate
Os partidos que não tiverem condições para pôr o seu programa eleitoral em prática não devem ir para o Governo.
É uma constante da história eleitoral norte-americana: quando os dois candidatos a vice-presidente finalmente chegam ao momento alto das suas campanhas, têm de falar sobretudo dos candidatos a presidente e não deles próprios. É ingrato, mas a regra permanece. Tanto Biden como Ryan bateram-se pelos seus números um.
Hoje no Diário de Notícias
Hoje temos um orçamento, há 3 semanas tivemos outro, há uns dias outro... Segunda teremos qual? Isto, de facto, inspira-nos imensa segurança. E, com certeza, poderemos ter confiança de que quem governa sabe o que está a fazer.
Plans are underway to provide shelter on two Greek islands for 20,000 Syrian refugees, Greece's Public Order Ministry said on Thursday.