Sábado, 30 de Março de 2013

Defronte deste quadro geopolítico à volta de um dilema financeiro, a UE disse nada. Já sabíamos que o discurso político e estratégico europeu está entregue aos ideólogos do Eurogrupo, mas vale a pena lembrar que há política para lá da austeridade. Parece é que não há políticos.


Hoje no Diário de Notícias



publicado por Bernardo Pires de Lima às 11:51 | link do post

Quinta-feira, 28 de Março de 2013

 

Grazie mamma di avermi fatto nascere nell'epoca di Francesco Totti: 20 anni indimenticabili.



publicado por Bernardo Pires de Lima às 11:39 | link do post

Vivemos num mundo onde quase tudo é regulado, desde os produtos agrícolas, às commodities, mas em relação ao mercado global de armas é um fartote. Isto não resolve, por si só, a voragem golpista africana, seria preciso ir mais longe na aplicação do direito e das regras de boa governação. Há alguns bons exemplos, mas continua a haver tentação para o caos. Porquê?

 

Hoje no Diário de Notícias



publicado por Bernardo Pires de Lima às 10:24 | link do post

Quarta-feira, 27 de Março de 2013
É que mesmo banal ele joga na Champions política e os outros andam pelos distritais.


publicado por Francisco Proença de Carvalho às 22:47 | link do post | comentar

Fez um dos melhores discursos de que me lembro na despedida. No regresso foi banal. Demasiado banal.



publicado por Francisco Teixeira às 22:38 | link do post | comentar

Tentei, falhei. Esforcei-me, não alcancei. Procurei, não consegui. Fiz isto, aquilo, acolotro, acertei aqui e acolá, falhei no outro, acolotro.


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publicado por Francisco Teixeira às 22:33 | link do post | comentar | ver comentários (3)

O trabalho todo reunido em bernardopiresdelima.com.



publicado por Bernardo Pires de Lima às 20:14 | link do post

"Em vez de um Senado agora até podemos fazer um talk-show", António Vitorino.



publicado por Francisco Teixeira às 15:59 | link do post | comentar

Artigo 1º da Lei nº 23/2013, de 5 de Março:

.

«A presente lei aprova o regime jurídico do processo de inventário, altera o Código Civil, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 47 344, de 25 de novembro de 1966, e alterado pelos Decretos -Leis n.os 67/75, de 19 de fevereiro, 201/75, de 15 de abril, 261/75, de 27 de maio, 561/76, de 17 de julho, 605/76, de 24 de julho, 293/77, de 20 de julho, 496/77, de 25 de novembro, 200 -C/80, de 24 de junho, 236/80, de 18 de julho, 328/81, de 4 de dezembro, 262/83, de 16 de junho, 225/84, de 6 de julho, e 190/85, de 24 de junho, pela Lei n.º 46/85, de 20 de setembro, pelos Decretos -Leis n.os 381 -B/85, de 28 de setembro, e 379/86, de 11 de novembro, pela Lei n.º 24/89, de 1 de agosto, pelos Decretos -Leis n.os 321 -B/90, de 15 de outubro, 257/91, de 18 de julho, 423/91, de 30 de outubro, 185/93, de 22 de maio, 227/94, de 8 de setembro, 267/94, de 25 de outubro, e 163/95, de 13 de julho, pela Lei n.º 84/95, de 31 de agosto, pelos Decretos -Leis n.os 329 -A/95, de 12 de dezembro, 14/96, de 6 de março, 68/96, de 31 de maio, 35/97, de 31 de janeiro, e 120/98, de 8 de maio, pelas Leis n.os 21/98, de 12 de maio, e 47/98, de 10 de agosto, pelo Decreto -Lei n.º 343/98, de 6 de novembro, pelas Leis n.os 59/99, de 30 de junho, e 16/2001, de 22 de junho, pelos Decretos--Leis n.os 272/2001, de 13 de outubro, 273/2001, de 13 de outubro, 323/2001, de 17 de dezembro, e 38/2003, de 8 de março, pela Lei n.º 31/2003, de 22 de agosto, pelos Decretos -Leis n.os 199/2003, de 10 de setembro, e 59/2004, de 19 de março, pela Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro, pelo Decreto -Lei n.º 263 -A/2007, de 23 de julho, pela Lei n.º 40/2007, de 24 de agosto, pelos Decretos -Leis n.os 324/2007, de 28 de setembro, e 116/2008, de 4 de julho, pelas Leis n.os 61/2008, de 31 de outubro, e 14/2009, de 1 de abril, pelo Decreto -Lei n.º 100/2009, de 11 de maio, e pelas Leis n.os 29/2009, de 29 de junho, 103/2009, de 11 de setembro, 9/2010, de 31 de maio, 23/2010, de 30 de agosto, 24/2012, de 9 de julho, 31/2012 e 32/2012, de 14 de agosto, o Código do Registo Predial, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 224/84, de 6 de julho, e alterado pelos Decretos -Leis n.os 355/85, de 2 de setembro, 60/90, de 14 de fevereiro, 80/92, de 7 de maio, 30/93, de 12 de fevereiro, 255/93, de 15 de julho, 227/94, de 8 de setembro, 267/94, de 25 de outubro, 67/96, de 31 de maio, 375 -A/99, de 20 de setembro, 533/99, de 11 de dezembro, 273/2001, de 13 de outubro, 323/2001, de 17 de dezembro, 38/2003, de 8 de março, e 194/2003, de 23 de agosto, pela Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro, pelos Decretos -Leis n.os 263 -A/2007, de 23 de julho, 34/2008, de 26 de fevereiro, 116/2008, de 4 de julho, e 122/2009, de 21 de maio, pela Lei n.º 29/2009, de 29 de junho, e pelos Decretos -Leis n.os 185/2009, de 12 de agosto, e 209/2012, de 19 de setembro, o Código do Registo Civil, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 131/95, de 6 de junho, com as alterações introduzidas pelos Decretos--Leis n.os 36/97, de 31 de janeiro, 120/98, de 8 de maio, 375 -A/99, de 20 de setembro, 228/2001, de 20 de agosto, 273/2001, de 13 de outubro, 323/2001, de 17 de dezembro, 113/2002, de 20 de abril, 194/2003, de 23 de agosto, e 53/2004, de 18 de março, pela Lei n.º 29/2007, de 2 de agosto, pelo Decreto -Lei n.º 324/2007, de 28 de setembro, pela Lei n.º 61/2008, de 31 de outubro, pelos Decretos -Leis n.os 247 -B/2008, de 30 de dezembro, e 100/2009, de 11 de maio, pelas Leis n.os 29/2009, de 29 de junho, 103/2009, de 11 de setembro, e 7/2011, de 15 de março, e pelo Decreto -Lei n.º 209/2012, de 19 de setembro, e o Código de Processo Civil, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 44 129, de 28 de dezembro de 1961, e alterado pelo Decreto -Lei n.º 47 690, de 11 de maio de 1967, pela Lei n.º 2140, de 14 de março de 1969, pelo Decreto -Lei n.º 323/70, de 11 de julho, pelas Portarias n.os 642/73, de 27 de setembro, e 439/74, de 10 de julho, pelos Decretos -Leis n.os 261/75, de 27 de maio, 165/76, de 1 de março, 201/76, de 19 de março, 366/76, de 15 de maio, 605/76, de 24 de julho, 738/76, de 16 de outubro, 368/77, de 3 de setembro, e 533/77, de 30 de dezembro, pela Lei n.º 21/78, de 3 de maio, pelos Decretos -Leis n.os 513 -X/79, de 27 de dezembro, 207/80, de 1 de julho, 457/80, de 10 de outubro, 224/82, de 8 de junho, e 400/82, de 23 de setembro, pela Lei n.º 3/83, de 26 de fevereiro, pelos Decretos -Leis n.os 128/83, de 12 de março, 242/85, de 9 de julho, 381 -A/85, de 28 de setembro, e 177/86, de 2 de julho, pela Lei n.º 31/86, de 29 de agosto, pelos Decretos -Leis n.os 92/88, de 17 de março, 321 -B/90, de 15 de outubro, 211/91, de 14 de junho, 132/93, de 23 de abril, 227/94, de 8 de setembro, 39/95, de 15 de fevereiro, e 329 -A/95, de 12 de dezembro, pela Lei n.º 6/96, de 29 de fevereiro, pelos Decretos -Leis n.os 180/96, de 25 de setembro, 125/98, de 12 de maio, 269/98, de 1 de setembro, e 315/98, de 20 de outubro, pela Lei n.º 3/99, de 13 de janeiro, pelos Decretos -Leis n.os 375 -A/99, de 20 de setembro, e 183/2000, de 10 de agosto, pela Lei n.º 30 -D/2000, de 20 de dezembro, pelos Decretos -Leis n.os 272/2001, de 13 de outubro, e 323/2001, de 17 de dezembro, pela Lei n.º 13/2002, de 19 de fevereiro, pelos Decretos -Leis n.os 38/2003, de 8 de março, 199/2003, de 10 de setembro, 324/2003, de 27 de dezembro, e 53/2004, de 18 de março, pela Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro, pelo Decreto -Lei n.º 76 -A/2006, de 29 de março, pelas Leis n.os 14/2006, de 26 de abril, e 53 -A/2006, de 29 de dezembro, pelos Decretos -Leis n.os 8/2007, de 17 de janeiro, 303/2007, de 24 de agosto, 34/2008, de 26 de fevereiro, e 116/2008, de 4 de julho, pelas Leis n.os 52/2008, de 28 de agosto, e 61/2008, de 31 de outubro, pelo Decreto -Lei n.º 226/2008, de 20 de novembro, pela Lei n.º 29/2009, de 29 de junho, pelos Decretos -Leis n.os 35/2010, de 15 de abril, e 52/2011, de 13 de abril, e pelas Leis n.os 63/2011, de 14 de dezembro, 31/2012, de 14 de agosto, e 60/2012, de 9 de Novembro».

 

 



publicado por Francisco Proença de Carvalho às 15:10 | link do post | comentar | ver comentários (1)

A RTP, estação de televisão de serviço público, proibiu a TSF de transmitir a entrevista a José Sócrates. Não me recordo, porque nunca aconteceu, de uma estação de televisão ter tido uma conduta destas, muito menos a de serviço público.

Convinha que alguém explicasse ao presidente da RTP, empresa paga pelo contribuinte, que o serviço público deve ser ampliado o mais possível. Que a RTP  deve ser privilegiar a divulgação pública de programas que são efectivamente de serviço público sobre critérios de mercado.

Talvez Alberto da Ponte não saiba, mas ainda o senhor andava a vender imperiais e já a TSF andava a fazer, sem que lhe pagassem, serviço público relevante.

Mais um comportamento vergonhoso desta lamentável administração da RTP.



publicado por Pedro Marques Lopes às 14:20 | link do post | comentar

Sócrates vem finalmente explicar ao país as suas enormes responsabilidades pelo que tem vindo a suceder na Irlanda, Grécia, Chipre, Itália, Espanha e na cabeça de Angela Merkel.



publicado por Francisco Proença de Carvalho às 12:32 | link do post | comentar

Corporações, Paulo Gorjão, Nuno Gouveia, Manuel Falcão



publicado por Bernardo Pires de Lima às 11:37 | link do post

Terça-feira, 26 de Março de 2013

Maria de Lurdes Rodrigues, Augusto Santos Silva, António Vitorino, Jorge Coelho, Jorge Lacão. Falta José Sócrates. Só prova uma coisa: quando quem manda não ocupa a antena, mais cedo do que tarde, ela é tomada.



publicado por Francisco Teixeira às 22:27 | link do post | comentar | ver comentários (7)

Na economia, no euro, na Europa, no crescimento, na política, no Sporting, na Europa, no investimento, nos líderes europeus, na oposição, na Europa, na seleção, na oposição...na Europa.



publicado por Francisco Teixeira às 22:10 | link do post | comentar

Parabéns à RTP pelo rasgo e ao pai da ideia que despenteou tudo e todos. Parabéns ao Governo por não ter interferido e digo-o porque poucos ou nenhum o fariam. Parabéns a José Sócrates pela coragem. Parabéns a Nuno Morais Sarmento por ter feito o melhor comentário sobre o regresso do ex-primeiro-ministro. Sou dos que acredita que, com ou sem vergonha, a política é feita de duas coisas: resultados ou falta de resultados. Sócrates não os teve e falhou. Veremos o que acontecerá ao atual Governo no momento do exame: Outubro de 2015.



publicado por Francisco Teixeira às 19:32 | link do post | comentar | ver comentários (2)

No verão passado, o Iraque ultrapassou o Irão no segundo posto dos produtores de petróleo da OPEP, procurando terminar com este facto: ter 4% de quota do mercado de produção global ao mesmo tempo que possui as quintas maiores reservas conhecidas. Significa isto uma revolução para o Iraque?

 

Hoje no Diário de Notícias



publicado por Bernardo Pires de Lima às 11:59 | link do post

Sábado, 23 de Março de 2013

Entrevista na RTP informação disponível aqui.



publicado por Bernardo Pires de Lima às 23:09 | link do post

O que me impressiona é as pessoas ficarem surpreendidas com o comportamento destes tipos que algumas pessoas menos avisadas chamam jornalistas. O que é triste (não é com certeza o caso do Paulo Ferreira) é ser preciso sofrer na pele as pulhices para as pessoas se aborrecerem com esta gente e com este tipo de coisa, que pode ser muita coisa menos jornalismo. Pois, quando é aos outros até dá para rir um bocadinho, não é?
Eu sei que a vida está difícil, mas custa muito ver alguns tipos decentes a colaborar com este esgoto a céu aberto.



publicado por Pedro Marques Lopes às 17:01 | link do post | comentar

Vou estar hoje às 18.30h no "Olhar o Mundo" da RTP informação. Entretanto, mais uma entrevista sobre o livro, desta vez à Rádio Renascença. Mais sobre demónios do que sobre a cristandade, como é hábito.



publicado por Bernardo Pires de Lima às 13:31 | link do post

Nunca em Portugal e na Europa se formaram tantos economistas e gestores. Para isto. Com currículos emoldurados, folhas de serviço repletas de recomendações, alguns até as traziam na lapela para vantagem eleitoral, como o presidente Cavaco Silva. Que nos tem servido? De pouco. Os tempos não estão para tecnicidades, mas para política a sério. Políticos de verdade, com bom senso, faro antecipatório, capacidade negocial. Onde é que eles andam? Ninguém sabe.


Hoje no Diário de Notícias



publicado por Bernardo Pires de Lima às 13:03 | link do post

Sexta-feira, 22 de Março de 2013

E se um dia acordasse, fosse ao multibanco e estivesse impedido de levantar o seu dinheiro porque o Estado assim o determinou para lhe poder aplicar um imposto repentino sobre as suas poupanças?

 

O meu artigo hoje no Diário Económico.



publicado por Francisco Proença de Carvalho às 15:09 | link do post | comentar

 

Obrigado a todos os que encheram ontem a FNAC do Chiado e esgotaram o livro. A luta continua.



publicado por Bernardo Pires de Lima às 12:53 | link do post

Quinta-feira, 21 de Março de 2013

Hoje.



publicado por Bernardo Pires de Lima às 16:57 | link do post | comentar

Ontem, duas entrevistas à volta do livro na TVI24 e na TSF.



publicado por Bernardo Pires de Lima às 09:38 | link do post

Quarta-feira, 20 de Março de 2013

A grande questão é que o Médio Oriente, mesmo com focos de interesse pelos EUA, vai ser muito mais relevante do ponto de vista energético para a China e a Índia do que para Washington, que aposta tudo na sua independência. Esta vai ser a maior viragem geopolítica das próximas décadas e Israel vai ter de lidar com isso.


Ontem no Diário de Notícias



publicado por Bernardo Pires de Lima às 12:54 | link do post



publicado por Francisco Proença de Carvalho às 11:21 | link do post | comentar

Terça-feira, 19 de Março de 2013

As constantes declarações de alguns empresários, bancários e  gestores têm sido ultimamente dos poucos factores de valorização dos políticos portugueses. É que ouvindo os disparates, a pesporrência, a arrogância e a profunda ignorância sobre tudo o que não diz respeito à sua própria actividade, aqueles senhores fazem-nos perceber que a razão do nosso atraso, dos nossos desequilíbrios estruturais, do nosso reduzido desenvolvimento está muito para lá dos políticos e do Estado. Mais, fazem-nos mesmo pensar que os políticos não têm sido afinal tão maus. Teria sido muito pior se um daqueles tontos nos tivesse governado.

Pois... se calhar o problema é que muitos deles indirecta ou directamente governaram mesmo.



publicado por Pedro Marques Lopes às 12:47 | link do post | comentar

Segunda-feira, 18 de Março de 2013

Na impossibilidade de linkar (só para assinantes), aqui fica:

 

Lisboa, 15 mar (Lusa) - Durante dois anos, o investigador Bernardo Pires de Lima analisou os factos relacionados com a Cimeira das Lajes, reunião que ditou em 2003 o início da guerra do Iraque, e foi ao encontro das principais figuras nacionais da época.
O resultado final foi o livro "A Cimeira das Lajes, Portugal, Espanha e a Guerra do Iraque", que em 200 páginas tenta dar a conhecer os "jogos de bastidores" da reunião e clarificar a decisão portuguesa de organizar o encontro na base açoriana e apoiar a intervenção militar no território iraquiano.
"O principal objetivo foi apresentar o processo de decisão português o mais próximo da realidade", afirmou à Lusa o investigador do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI) e da Universidade Johns Hopkins (Washington).
Os primeiros passos da obra, lançada por ocasião do 10.º aniversário da cimeira, ocorreram em 2010, com um trabalho no IPRI. "Depois resolvi desenvolvê-lo, incluindo entrevistas e outras fontes. Foram dois anos de trabalho no meio de uma tese de doutoramento", referiu.
O trabalho de campo envolveu entrevistas a algumas das principais figuras nacionais da época, como o ex-Presidente da República Jorge Sampaio, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros António Martins da Cruz e o antigo líder do Partido Socialista (na altura na oposição) Eduardo Ferro Rodrigues.
O comissário europeu com o pelouro do terrorismo, António Vitorino, e David Dinis, na altura assessor do primeiro-ministro Durão Barroso, colaboraram igualmente com o investigador, que também ouviu "diplomatas portugueses e norte-americanos" e "pessoas que trabalhavam na época nos serviços de informações portugueses".
Passados 10 anos da cimeira que reuniu nos Açores, a 16 de março de 2003, os então governantes dos Estados Unidos (George W. Bush), Reino Unido (Tony Blair), Espanha (José Maria Aznar) e de Portugal (Durão Barroso), Bernardo Pires de Lima chegou a várias conclusões.
"A decisão de fundo de invadir o Iraque e mudar o regime esteve concentrada em Washington e obedeceu a um trajeto ideológico que já vinha da administração Clinton [Bill], acelerada com a emergência da agenda neoconservadora e pelo efeito alterador que o 11 de setembro teve na administração Bush", indicou o investigador, frisando, no entanto, que "com ou sem cimeira a guerra dar-se-ia, porque Washington já a tinha decidido e calendarizado há muito".
Outra das conclusões é que os aliados europeus dos EUA foram, cada um nos seus termos, procurando gerir politicamente a inevitabilidade da guerra.
"No caso do Governo português, acautelando a relação com Belém, a manutenção do comando da NATO, e o posicionamento híper-atlantista do governo de Aznar. Na avaliação feita por Barroso, Espanha não podia ser o único interlocutor de Washington na Península Ibérica", sublinhou.
E como será recordada na história a Cimeira das Lajes?
"Pelas opiniões públicas, será sempre lembrada como um encontro de guerra mascarado de caráter político. Para os líderes que lá estiveram, será recordada como a última solução política num roteiro de guerra inevitável", frisou Bernardo Pires de Lima.
"Um dos aspetos que tornaram aqueles meses tão polémicos foi precisamente este 'gap' entre cidadãos e lideranças, sobretudo na Europa. (...) O sentimento anti-guerra era generalizado entre as populações", reforçou o investigador.
Apesar desta divisão, a maioria dos líderes que marcou presença na Base das Lajes não foi penalizado nas eleições pós-cimeira.
José Maria Aznar ganhou as eleições espanholas regionais em maio de 2003, Bush foi reeleito um ano depois e Blair conquistou a terceira maioria absoluta para os trabalhistas britânicos em maio de 2005.
"Já Barroso perde as europeias de 2004 e segue para a Comissão Europeia", referiu o investigador, afirmando não acreditar que exista um padrão que "valide com rigor o nexo de causalidade entre apoio à guerra e derrota eleitoral", citando o exemplo de Gerhard Schroeder, que mesmo estado contra a guerra, perde para Angela Merkel as legislativas alemãs de 2005.
A "construção do perfil político internacional" do protagonista português, Durão Barroso, também é focada na obra e associada à sua escolha para a Comissão Europeia.
Sobre o período pós-guerra "absolutamente desastroso", o investigador considera que os planos foram "naifs".
"O Pentágono tomou e mal conta de um quadro onde devia ter prevalecido o Departamento de Estado com o objetivo de construir uma grande coligação diplomática internacional de apoio ao Iraque pós-Saddam [Hussein]", indicou Bernardo Pires de Lima.
No entanto, como parte dos pressupostos da intervenção nunca se verificaram - as ligações do Iraque à Al Qaida e a posse de armas de destruição maciça -, "ninguém quis ficar associado a um cenário em degeneração, e essa coligação não teve sucesso", destacou o investigador.
O livro "A Cimeira das Lajes, Portugal, Espanha e a Guerra do Iraque" é editado pela Tinta da China e será apresentado em Lisboa no próximo dia 21 de março.


Lusa/Fim



publicado por Bernardo Pires de Lima às 20:45 | link do post

Sou dos que acredita que o problema não é Gaspar, mas o peso que tem no Governo.  



publicado por Francisco Teixeira às 16:09 | link do post | comentar | ver comentários (3)

Gazprom propõe pagar resgate de Chipre em troca da exploração de gás.



publicado por Francisco Teixeira às 15:22 | link do post | comentar

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