Não deixa de ser curioso que a mulher do jordano que se suicidou matando sete agentes da CIA no Afeganistão, há coisa de duas semanas, tenha escrito um livro com o título Bin Laden: Che Guevara of the East. Mas há mais umas curiosidades. Para além de ela ser jornalista na Turquia, tradutora, publicar com frequência, ter conhecido o marido num chat da internet, vangloriou o seu "feito" na esperança de o ver subir a mártir. Este, conseguiu ser um agente dos serviços secretos jordanos a trabalhar com a CIA. Deu no que deu.
Esta história prova, tal com outras - lembro só a do nigeriano filho de um banqueiro que se preparava para rebentar com o avião à chegada a Detroit - que pobreza e terrorismo não estão necessariamente ligados. Além disso, mostra como pode chegar - mais uma vez não são caso único - a sua integração nas sociedades ocidentais sem que ninguém se aperceba dos seus propósitos. Estarão sempre um passo à nossa frente.