O meu ponto salienta,contudo, o facto de o maior número de mortos resultantes de sismos se darem precisamente em Estados onde é evidente o desordenamento do território, a fraqueza de um municipalismo responsável, a falta de coordenação entre o poder central (onde está ele no Haiti?) e local, a descredibilização da engenharia associada à densa construção e ao selvagem povoamento, além das fragilidades do território e populações estarem, de uma forma geral, associadas a um nulo desenvolvimento económico (Paquistão, Afeganistão, Haiti) ou a um desigual investimento regional (China, Irão). Ou seja, a contrario sensu, se estas características são tendencialmente adoptadas em regimes democráticos, alguns deles também vítimas de sismos mas com um número diminuto de vítimas, então o tipo de regime político é ou não relevante quando queremos responder no futuro a tragédias como a do Haiti? É que estas, infelizmente, não vão ficar por aqui.
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