Nada neste momento é mais importante para os aliados no Afeganistão do que obter resultados. Resultados que provem a eficácia das operações militares, a justeza da estratégia global e que mostrem aos eleitores dos países envolvidos que as verbas empregues não caem em saco roto quando essas mesmas economias mostram maleitas difíceis de curar.
Os primeiros efeitos sublinham a capacidade das forças armadas afegãs - que lideram formalmente 15 mil homens em Helmand - e a melhoria da coordenação entre os serviços de informação norte-americano e paquistanês. A segunda linha de sucesso resulta da captura do maior dirigente dos talibãs (mulá Baradar), a operar na fronteira sul entre Paquistão e Afeganistão, e da frágil resposta dos talibãs ao avanço da NATO. Decapita-se a liderança, destrói-se a base, fomenta-se o seu radicalismo em defesa dos chefes, obrigando-os a ser mais visíveis e a abandonar as tarefas políticas e económicas de proximidade com as populações.
Quaisquer sucessos militares precisam de ser acompanhados pela legitimidade dos principais políticos locais e por uma normalização económica não dependente do tráfico de droga. Sem isto, tudo não passará de mais um capítulo relevante em futuros manuais de história militar.
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