É uma vergonha. Então não é que não deram o lugar que o dr. Paulo Rangel merece no jantar que Durão Barroso teve com os eurodeputados portugueses? Então não é que deixaram o magnifico, o extraordinário, o verdadeiro príncipe das democracias europeias numa mesa secundária e não o deixaram fazer um dos seus brilhantes discursos logo no princípio?
Inveja, um bando de invejosos que, receosos do intenso brilho deste mestre da oratória, o trataram como se ele fosse um qualquer parlamentar. Mas ele não se ficou. Apesar de demonstrar a sua habitual humildade, o dr. Paulo Rangel não queria - como seria seu evidente direito – ser o primeiro a discursar, antes, claro está, do Presidente da Comissão, ou sequer sentar-se no lugar de Durão Barroso – o que seria natural.
Sendo a ofensa tamanha, demonstrou a fibra de que é feito, e de dedo denunciador em riste logo ali mostrou a cabala de que estava a ser vítima.
Quem assistiu ainda estremece ao recordar a cena. A justiça transformou-se em ira, o dr. Paulo Rangel cresceu, a sua voz ficou um bocadinho (só um bocadinho) mais aguda, e quando reclamou os seus inalienáveis direitos os rostos dos invejosos cobardes ficaram verdes de vergonha e medo (e o cão do dr. Paulo Rangel não estava presente).
Para a próxima, esta gentinha já sabe o que os espera se não derem ao genial dr. Paulo Rangel uma mesa meia dúzia de metros mais próxima de Durão Barroso e não o deixarem falar em segundo ou terceiro lugar.
A sua proverbial bondade não lhe permite verbalizar o que ele, no fundo, sabe: o Presidente da Comissão receia-o. Isso também não espanta ninguém. Quem não temeria perder o lugar sabendo que poderia existir a possibilidade de o dr. Paulo Rangel o querer? Pobre do Durão Barroso se o dr. Paulo Rangel alguma vez pensar nisso.