Em 37 anos de Democracia, o espectro político à esquerda do PS, apenas teve duas utilidades: (i) a destruição do sistema empresarial e produtivo no PREC; (ii) a partir daí, o bloqueio de toda e qualquer tentativa reformista no país.
O PCP nem merece grandes comentários... É o que é e sempre foi o que é: coerentemente pouco democrático. Por outro lado, o BE não tem significado muito mais do que uma esquerda vazia coberta com um recheio de caviar. Em tempos, este bloco nascido de partidos radicais ainda mobilizou uma pseudo elite urbano-cultural, mas agora, aprovado o casamento homossexual e legalizada a IVG, esta esquerdice aguda tornou-se no aborto do sistema político: não governa, não deixa governar, nem quer governar. A melhor proposta que a vimos fazer na campanha eleitoral foi a do país declarar falência e dizer aos credores que não vai pagar o que deve (sob o simpático nome "reestruturar"). Que bela tragédia grega...
Poucas democracias ocidentais têm uma presença tão grande no sistema democrático deste extremismo de esquerda. E isso também explica alguma coisa do nosso estado (e Estado) actual.
Um país que se quer desenvolver e gerar confiança, não pode ter no Século XXI, cerca de 20 % do parlamento minado pela retórica gonçalvista. Independentemente de quem ganhar as eleições, é essencial reduzir drasticamente a presença do PREC "moderno" na Assembleia da República.
Segundo as sondagens, os Portugueses começam a perceber isso. É muito importante que essa tendência se confirme no domingo.
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