Sob o alto patrocínio dos actuais protagonistas da política nacional (não entendendo muito bem onde se estão a meter), a vaga anti-políticos tem vindo a acentuar-se. A exposição pública de toda a sua vida pessoal e profissional (passada, presente e futura), os salários desadequados das responsabilidades que têm em mãos (nomeadamente dos governantes), a inversão do ónus da prova para os seus crimes, a tentativa de criminalização da incompetência política, podem ser fruto de boas intenções, mas terão efeitos perversos para a democracia. Qualquer dia só será político quem não tenha alternativa de carreira, seja descontroladamente vaidoso, invulgarmente altruísta, um santo (o Dr. Bagão Félix), ou simplesmente um grande maluco.