Marinho e Pinto tem vários méritos. É frontal, destemido e incómodo. Fosse ele um sindicalista e tinha o perfil à medida da função. De resto sobram defeitos. É bastonário de todos os advogados e adora mandar lama para a ventoinha. Mais triste do que Marinho é a classe que o elege para gozar, no sofá, as exibições do "seu" bastonário. Há duas semanas que o senhor anda de megafone na boca a insultar tudo e todos, e a denegrir tudo e todos. Um exemplo do que ouvi, no "Direito a falar", no Económicotv:
- "Há tráfico de influências no Parlamento", diz. Jorge Lacão e José Matos Correia assistem atónitos.
- Já fez alguma denúncia ao Ministério Público?
- "Estamos aqui a falar, é o que faltava não podermos falar sobre coisas graves como o tráfico de influências", responde.
Grave não é Marinho ser um animador de massas, um populista e um demagogo. Grave é ainda não ter visto um único advogado a colocar os pontos nos is. Por muito menos, Júdice foi crucificado.