Quarta-feira, 18 de Janeiro de 2012

Nunca me preocupei em concordar com quem quer que seja. Se o Francisco acha que eu tenho a mesma opinião do Miguel Abrantes e pensa que isso me incomoda minimamente está completamente enganado, como estaria equivocado  se por acaso a minha opinião coincidisse com a do João, do José, do Pedro, da Francisca ou da Gertudes. Sou suficientemente crescidinho para não ser inseguro acerca das minhas opiniões, tenho a sorte de poder dizer o que me apetecer sem me preocupar com quem me paga e estou-me absolutamente nas tintas para os todos os tipos que detêm circunstancialmente o poder.

Não gostei da forma como o Francisco me tentou colar ao seu ódio de estimação Abrantes. Não gostei porque achei gratuito, porque foi despropositado, porque o meu amigo Moedas disse um disparate e todos sabemos que ele o disse. O que me espanta é porque diabo o Francisco, sabendo que toda a gente reconhece a barbaridade que o Moedas disse, apenas fala do Abrantes e de mim. Ou melhor, não me espanta: eu sou ingénuo mas não ando propriamente a dormir. Foi um truquezinho, uma piadinha, uma coisa que fica bem, que faz rir uns tipos, que contribui para umas intrigazitas. Enfim, eu também sou um gajo que gosta duma graça e também me vou rir a bandeiras despregadas. Está tudo jóia.

Mas já que estamos com a mão na massa e há quem queira falar do Abrantes porque estou acordadinho e sei que o Moedas (onde é que eu disse que o Carlos falhou ou deixou de falhar? ) foi apenas um pretexto, eu falo. O tipo, seja ele quem for, é bom, é mesmo muito bom. Há quem na direita esteja há anos a tentar fazer o que ele faz e não consegue. O ódio que muita gente lhe tem é muito mais provocado pela inveja do que por qualquer outra coisa. Eu sei, é lixado andar a fazer blogues e mais blogues para o combate, a tentar destruir o blogue dele, e depois o tipo ter mais audiência do que alguns jornais, de fazer agenda e de ter a comunicação social atrás dele. Não é em vão que não há quem o ignore.

Não é preciso concordar com alguém para reconhecer qualidade. Eu quase nunca concordo com ele, detesto o anonimato, o facciosismo do corporações, mas que ali está trabalho, e de qualidade, não há dúvida. Querem fazer melhor que o gajo, trabalhem mais um bocadinho. Eu cá vou continuar a ler o blogue dele, concordar ou discordar e a não me preocupar se ele é este ou aquele. Estou-me borrifando. Se um dia o conhecer faço questão de lhe pagar um copo; gramo gajos que sabem o que fazem e que o fazem bem, mesmo que não defendam o que eu defendo, mesmo que estejam nos antípodas das minhas convicções.

 



publicado por Pedro Marques Lopes às 20:34 | link do post | comentar

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