Dizia o grande Millôr que "quando um baterista morre, deve-se fazer um minuto de barulho". Hoje não morreu um baterista. Morreu um grande artista. Dos maiores de sempre. Fazia o que queria da língua, da escrita, do traço. Usou fina ironia até ao fim. Dobrou o português como lhe apeteceu. Era um frasista como lhe chamaram. O maior dos frasistas. Como disse o Sérgio Sant'anna, pessoas como o Millôr deviam durar uns 200 anos. Pelo menos uns 200 anos.