Ambos falaram para as suas bases eleitorais, tentando mobilizá-las. Quem convenceu mais? Romney, decididamente. Mas há um paradoxo na narrativa do candidato republicano e que acaba por definir, também, uma contradição no ideário da direita norte-americana. Diminuir o papel do Governo federal em prol dos estados é o mesmo que dizer que se quer reduzir a capacidade de intervenção do Executivo e, por via disso, esvaziar as competências do Presidente. O que Romney está a dizer, numa altura de exclusão social, desemprego e asfixiamento da classe média, é que a função para a qual concorre não é assim tão fundamental e que deve até ter menos poder.
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