No meio de um furacão, há um erro que Romney não pode cometer: tentar tirar proveito político de todo e qualquer dano que ocorra nos swing states para culpabilizar o Governo federal e indirectamente Barack Obama. Não repetir a reação intempestiva ao assassinato do embaixador Stevens em Bengazi é uma lição a aprender. Até porque o republicano tem contra si o facto de ter proposto retirar funções e dinheiro à agência federal de gestão de emergências, para dar mais poder às agências e governos estaduais responsáveis. Em emergências desta magnitude, as duas esferas são precisas, uma não tem de ser evaporada em detrimento da outra. Ato contínuo, Obama, retirado da campanha para regressar à Casa Branca, já colocou a coordenação interestadual do Sandy como prioritária. Com cortes de energia previsíveis quando a pressão final das campanhas se centrava em mais anúncios televisivos, há um foco de atenção para o Presidente que não existe sobre Romney. Perder rotação era o último dos desejos republicanos.
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