Mas há uma pergunta ainda sem resposta: será este segundo mandato uma mera gestão de expectativas e problemas internos, estabilizando o país para o entregar ao seu sucessor, ou procurará Obama marcar o seu tempo na Casa Branca com um legado que possa balizar o rumo dos EUA no médio-longo prazos? Se cumprir a primeira, já não fará pouco, mas não passará à história como um dos presidentes que cunharam uma "grande estratégia" da América no mundo. Para conseguir a segunda, precisa de desenhar uma "grande ideia" capaz de durar para além dele. Como a "contenção" de Truman ou o "alargamento democrático" de Clinton. Talvez a mistura das duas sem hostilizar a China possa marcar a doutrina Obama. Bem para lá dele próprio.
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