Mas Cameron fez mais do que isto: pôs o resto da Europa a pensar sobre ela, para além da crise da Zona Euro. Sobre os termos da sua coesão, da já evidente realidade à la carte (moeda única, Schengen, defesa, taxa Tobin), do peso burocrático anticompetitividade, da harmonização imposta pelo centro, da falta de debate geopolítico ou da fundamental vinculação política dos Parlamentos nacionais. Em vez de nos assustarmos com as palavras de Cameron, devíamos estar-lhe gratos por nos confrontar com tudo isto.
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