A"Europa" continua fraturante na política inglesa. Ao contrário do que acontece na maioria das capitais da UE, os termos da relação entre Londres e Bruxelas motivam quedas de governo (Wilson, Thatcher, Major), rebeliões (a Maastricht Rebellion contra Major, p.ex.) e cisões partidárias (a origem do SDP de Jenkins, vindo do Labour), início de recuperações eleitorais (Labour nas europeias de 1989), transformações programáticas (do Old para o New Labour), ou até na influência direta que Blair teve ao lançar Barroso para a presidência da atual Comissão Europeia. Ou seja, há muito que a "Europa" é factor preponderante na política inglesa. O que Cameron tem feito é dar um passo em frente: de preponderante a decisivo.
Hoje no Diário de Notícias