Ao mesmo tempo que EUA e Rússia apostam em novo roteiro político para gerir a guerra civil síria, o primeiro-ministro turco foi a Washington dizer duas coisas: primeira, que há uma crise humanitária no território turco provocada pelo fluxo de refugiados cada vez mais incontrolável (quase meio milhão); segunda, que o apoio financeiro americano aos refugiados e a uma fação da oposição a Assad já não é suficiente. O resultado é, para a Turquia, duplo: por um lado, um risco de insegurança no seu território por via dos refugiados e pela circulação incontrolável de jihadistas; por outro, uma vitória de Assad que leve a retaliações futuras à Turquia (com ajuda do Irão e do Hezbollah), por via do apoio a parte da oposição síria.
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