Acontece que as importações portuguesas de petróleo africano cresceram 25% no último ano, fazendo agora 53% do total. À cabeça estão Nigéria, Angola, Argélia e Líbia. Tirando aparentemente Angola, nenhum outro está imune ao terrorismo e à desagregação, expondo-nos a uma fragilidade que não controlamos e a um impacto económico nesta altura de recessão. Se lhe juntarmos o risco crescente do trânsito petrolífero naval às mãos da pirataria e que percorre toda a costa ocidental africana até Sines, percebemos que a Nigéria está mais próxima do que parece. Pena é que estas opções de profunda dependência estratégica nunca sejam discutidas e avaliadas no debate político português.
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