O grande problema de Obama é nunca ter conseguido articular uma grande estratégia de política externa, nem ousado qualquer uma mais regionalizada e com especial incidência no grande Médio Oriente. A sua orientação externa é meramente casuística, reativa, fruto das lutas por influência entre o Departamento de Estado, o Pentágono e o senior staff da Casa Branca. Por isso, a "solução americana" para a Síria, seja ela tardia ou prudente, não passa de uma decisão avulsa, sem ter por trás uma ideia concreta para liderar uma iniciativa na região que lide com o extremismo, a democracia e o crescimento económico. Obama é demasiado refém da ditadura do simbólico.
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