A questão é se os EUA saem prejudicados com o afastamento, quando precisam da ajuda russa no Afeganistão, com o Irão ou numa inversão do caos na Síria. O asilo a Snowden é o menor destes problemas e, nesse sentido, apenas confirmou uma relação em declínio, não a alterou. O Paquistão é mais importante na retirada americana do Afeganistão e Moscovo, na verdade, também reza para que o caos não regresse às suas fronteiras, o que pode ser agravado pela espiral síria. Não será o cancelamento de um encontro a diluir tudo isso. Prova, apenas, que nada mais sobra entre os dois do que um distanciado interesse pragmático e casuístico.
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