Ser o terceiro maior exportador mundial, o terceiro maior vendedor de armamento, ter uma relação autónoma forte com a Rússia e a China e sobretudo ter renacionalizado a sua política externa dão-lhe a confiança necessária no meio da crise europeia. Foi o "BRIC europeu" quando se absteve na intervenção na Líbia ao lado de Nova Deli, Brasília, Pequim e Moscovo; não chorou pelo Mali, está cansada do Afeganistão e quer distância de Damasco. Merkel está confortável com isto, porque ser autónoma na Europa é pouco para ela. Resta saber se esta estratégia é sustentável sem a diluição total do já frágil poder da UE.
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